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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta quinta-feira (14), um hacker de 36 anos que é suspeito de ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF), com bombas, no fim de 2022, alguns dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As autoridades querem saber se havia alguma conexão entre o hacker e Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, autor do atentado contra o STF, na noite da última quarta-feira (13).
O hacker foi preso em Jundiaí (SP), no interior paulista. Ele já vinha sendo monitorado desde 2022 e é suspeito de ter enviado um e-mail ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com ameaças às duas cortes.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Vanessa Pitrez, o suspeito trabalhava na área de tecnologia da informação (TI) e fazia parte de grupos de extrema-direita na chamada “dark web”.
A delegada informou que a Polícia Federal (PF) entrou em contato para colher mais dados sobre um possível vínculo entre Francisco e o hacker detido.
“Apreendemos muitos equipamentos eletrônicos que serão minuciosamente analisados. Então, veremos se há, de fato, alguma relação”, afirmou Pitrez.
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No e-mail enviado ao Supremo, no fim de 2022, o hacker faz um “aviso” de que “explodirão o STF com todos dentro”. Segundo a mensagem, a ação seria levada a cabo por um “grupo de brasileiros, patriotas, que não irão aceitar o golpe”.
A PF apreendeu o celular de Francisco Wanderley Luiz e fará um levantamento sobre as mensagens que ele encaminhava e as pessoas com quem conversava. Em uma primeira análise, os policiais detectaram que o autor do atentado em frente ao STF já vinha preparando o ataque pelo menos desde julho, quando deixou a cidade de Rio do Sul (SC) rumo a Brasília (DF).