Governo e Congresso travam disputa por vagas em agências reguladoras, diz jornal

Nove agências estão sem diretores e outras oito vagas serão abertas até o final do ano

Equipe InfoMoney

Publicidade

A ausência de nove diretores em agências reguladoras, somada a outras oito vagas que serão abertas até o final do ano, tem gerado disputas internas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entre senadores da base aliada no Congresso, segundo informações do jornal Estadão.

Ainda conforme a reportagem, a estratégia da cúpula do Executivo é negociar as indicações em bloco, evitando conversas individuais para cada posição. As discussões devem ser retomadas agora, após as eleições municipais, com o retorno pleno dos trabalhos do Senado, responsável por aprovar ou rejeitar as indicações. O Planalto busca impedir que essas nomeações fiquem atreladas às eleições para as presidências do Senado e da Câmara, previstas para o início do próximo ano.

O grande número de vagas abertas entrou no radar diante do desgaste envolvendo os apagões em São Paulo. O governo Lula estuda propor uma alteração na lei geral das agências reguladoras para criar uma avaliação de desempenho que poderia, no limite, gerar a demissão dos dirigentes.

As indicações para as agências reguladoras são disputadas, pois esses órgãos têm a autonomia de regular setores estratégicos da economia sem estarem diretamente subordinados à cúpula do governo federal.

De acordo com Estadão, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira tenta emplacar pelo menos dois indicados em agências estratégicas do setor — a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).