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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu maior cooperação econômica global para o enfrentamento dos desafios atuais em discurso na última reunião ministerial da presidência do Brasil no G20, em Washington, nos Estados Unidos.
“‘Policrise’ é uma nova expressão que entrou no léxico econômico global nos últimos anos”, disse ele, em suas palavras iniciais.
Haddad mencionou cinco desafios, que classificou como “urgentes”. O primeiro está relacionado às mudanças nos padrões de produção e circulação e que criaram uma nova realidade econômica global. “É imperativo que o G20 continue a promover políticas capazes de apoiar um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo em todo o mundo”, pontuou o ministro.
Em segundo lugar, essas mesmas mudanças causaram uma concentração “sem precedentes” de renda e riqueza, com o aumento “dramático” da desigualdade em vários países. Haddad voltou a defender uma “nova e ambiciosa agenda de tributação”. “Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos de modo a combater a desigualdade”, afirmou.
O terceiro desafio é a mudança climática. Ele cobrou o aumento substancial do financiamento climático e ações para facilitar transições energéticas rápidas e equitativas. Como quarto desafio, Haddad citou maiores riscos de uma nova pandemia, exacerbados pela perda de biodiversidade e pelas mudanças climáticas.
“O G20 precisa, portanto, aumentar significativamente os investimentos em prevenção, preparação e resposta a pandemias, bem como investir nos ‘Objetivos do Desenvolvimento Sustentável’ relacionados à saúde”, recomendou o ministro.
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O quinto desafio está relacionado à nova era de instabilidade e fragmentação política e econômica. “Juntos, precisamos continuar a avançar nas reformas de governança econômica global, atualizando e modernizando as instituições existentes e equipando-as para lidar com os desafios que acabei de mencionar”, disse Haddad.
O ministro da Fazenda defendeu que os desafios devem ser enfrentados com um sentido de pragmatismo e urgência. “O mundo espera do G20 soluções concretas e factíveis. Mas precisamos também ir além e oferecer à humanidade a perspectiva de uma vida melhor, olhando não apenas para o futuro imediato, mas para o médio e o longo prazos”, concluiu.