FHC fará parte do grupo que defenderá opositores presos na Venezuela

Felipe González está formando um grupo para defender os opositores venezuelanos e, para tanto, convidou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para compor o grupo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ex-primeiro-ministro da Espanha Felipe González aceitou assumir a defesa dos dois principais políticos do regime chavista de Nicolás Maduro na Venezuela. São eles: o líder opositor Leopoldo Lopéz, detido há mais de um ano, e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma. 

González está formando um grupo para defender os opositores venezuelanos e, para tanto, convidou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para compor o grupo. O ex-presidente foi consultado pela Folha de S. Paulo e disse que aceitou o convite.

Ainda não há uma viagem planejada para a Venezuela, informou o jornal. Em nota oficial, o ex-presidente brasileiro havia elogiado o gesto de González. “Já passou da hora de as vozes democráticas e especialmente os governos democráticos da América Latina protestarem contra os abusos praticados pelo governo da Venezuela”, disse.

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Em novembro, conforme informa o El País, uma trintena de ex-chefes de Estado e de Governo, membros do Clube de Madrid, assinaram um texto em que qualificam como “arbitrária” a detenção de López e exigiam sua libertação. Além de FHC, os ex-presidentes Ricardo Lagos (Chile), Alejandro Toledo (Peru), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Óscar Árias (Costa Rica), Andrés Pastrana (Colômbia), Jorge Quiroga (Bolívia) e Osvaldo Furtado (Equador) assinaram o texto.

A decisão de González foi noticiada pelo jornal espanhol “El País” na segunda (23). López está preso há mais de um ano. Ledezma, desde fevereiro deste ano.

Em entrevista para jornais espanhóis, González afirmou que é necessário haver um diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela e, para tal, “não se pode deter representantes políticos”. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.