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SÃO PAULO – O ex-vice presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Allan Simões Toledo, foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (11), segundo informações do jornal, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O executivo trabalha hoje no Banco Banif e foi alvo da Operação Porto Victoria.
A Operação visa desarticular uma organização criminosa transnacional especializada em evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Durante as investigações, foram detectadas transações por meio de um esquema conhecido como “dólar cabo”, realizadas no Brasil e no exterior, à margem do sistema oficial de remessa de divisas.
Segundo estimativas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), há movimentações, como indicativo de lavagem de dinheiro, de cerca de R$ 3 bilhões em três anos de atuação das empresas envolvidas.
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Cento e trinta policiais federais cumprem 11 mandados de prisão, dois mandados de condução coercitiva e 30 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Araras, Indaiatuba, Santa Bárbara do Oeste, cidades do interior do Estado, Curitiba (PR) e Resende (RJ), expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Os crimes foram descobertos a partir de investigação iniciada no ano passado, quando a Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega (ICE) solicitou que fossem apurados fatos envolvendo um brasileiro na organização criminosa. A PF identificou, entre outros esquemas, que a quadrilha tinha se especializado na retirada ilegal de divisas da Venezuela por meio de importações fictícias.
Essas importações eram feitas por empresas brasileiras criadas especialmente para a movimentação financeira e, por meio delas, os produtos brasileiros eram superfaturados em até 5.000%, informou a PF. Com isso, as pessoas envolvidas justificavam a remessa dos valores da Venezuela para o Brasil. Na sequência, simulavam empréstimos e importações para mandar os recursos para Hong Kong e de lá o dinheiro era distribuído para contas em várias partes do mundo.
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Outro modo de ação – realizado no Brasil – era feito com importações fictícias por empresas brasileiras valendo-se da colaboração de operadores do sistema financeiro com bancos e corretoras de valores, que faziam vista grossa em relação à veracidade de transações comerciais que tinham como fim único o envio de dólares para o exterior, com aparências de legalidade.
Allan Simões Toledo foi demitido em 2011 pelo Conselho de Administração do banco, atendendo à solicitação do então presidente do BB, Aldemir Bendine. Os rumores da época apontavam que Toledo vinha adotando posições frontalmente contrárias às de Bendine e de seus diretores.
(Com Agência Estado e Agência Brasil)