Alerj decide abrir processo de impeachment contra Wilson Witzel

A decisão de abrir um processo de impeachment cabe exclusivamente ao presidente da Assembleia; mas o deputado André Ceciliano decidiu ouvir os pares

Equipe InfoMoney

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiram, em votação simbólica realizada nesta quarta-feira (10), autorizar a abertura de um processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC). A sessão é realizada virtualmente em função da pandemia do novo coronavírus.

A decisão de abrir um processo contra o governador do estado cabe exclusivamente ao presidente da Alerj, André Ceciliano (PT). No entanto, o parlamentar decidiu submeter o pedido à deliberação inicial dos pares. O pleito foi unânime, com 69 votos. Um parlamentar se ausentou.

Hoje, a assembleia tem 14 pedidos de impeachment protocolados contra Witzel. A ideia é que alguns deles sejam juntados em uma única peça que passará a tramitar na casa.

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A decisão de submeter à avaliação prévia do plenário expõe a fragilidade do governador. Segundo o jornal O Globo, a disposição dos deputados em votar o tema cresceu ontem após parlamentares afirmarem terem sido chantageados com dossiês, que seriam produzidos pelo Palácio Guanabara, para pressioná-los a votar contra o afastamento.

“Essa decisão não é um pré-julgamento. Eu poderia tomar uma decisão monocrática, mas quero abrir uma votação simbólica”, afirmou Ceciliano ao votar favoravelmente pela abertura do processo. “Precisamos ouvir o governador, trazer o governador à Alerj. Ele precisa ter a possibilidade de se defender”.

A situação política de Wilson Witzel ficou delicada após a Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal no final de maio por autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicar um possível envolvimento da cúpula do governo estadual em um esquema de desvios na construção de hospitais de campanha.

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Apesar da autorização à instauração de processo de impeachment, Witzel permanece no cargo. O processo ainda tem uma longa tramitação, que inclui a constituição de uma comissão especial na Alerj para analisar a denúncia e votação em plenário sobre o caso.

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