Em aparente recado a Bolsonaro, Pacheco diz que voto não pode ser exercido em meio a discurso de ódio

Presidente do Congresso Nacional disse, ainda, que a Constituição serve para enfrentar "alegóricos retrocessos antidemocráticos"

Reuters

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão no plenário (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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BRASÍLIA – O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quinta-feira (8), que o amplo direito ao voto não pode ser exercido com desrespeito, em meio a discursos de ódio, e destacou ainda que a Constituição serve para enfrentar “alegóricos retrocessos antidemocráticos”, em um aparente recado ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Diante da ausência do chefe do Executivo, que cancelou sua participação no evento em comemoração aos 200 anos da Independência no Congresso, Pacheco lembrou que em menos de um mês os brasileiros vão às urnas escolher os seus representantes.

“E o amplo direito de voto –a arma mais importante em uma democracia– não pode ser exercido com desrespeito, em meio ao discurso de ódio, com violência ou intolerância em face de quem é diferente”, alertou.

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Em sua fala, Pacheco exaltou a Constituição de 1988, chamando-a de “símbolo máximo de nossa redemocratização”, que deu uma “guinada definitiva no sentido da liberdade e da democracia”.

“Seus fundamentos (da Constituição), fortalecidos por meio do reconhecimento legítimo dos brasileiros aos Poderes constituídos, serviram e servirão para enfrentarmos alegóricos retrocessos antidemocráticos e eventuais ataques ao Estado de Direito e à democracia. Isso é irrefutável, isso é irreversível”, disse.