Economia deve dominar pauta das eleições em 2022 e corrupção pode perder espaço, projetam analistas

Inflação e custo de vida são vistos como temas de maior impacto sobre a escolha do eleitor para presidente; desemprego, renda e fome também devem pesar

Marcos Mortari

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A pouco menos de um ano das eleições de 2022, analistas políticos apostam que assuntos relacionados à economia devem dominar o debate entre os candidatos à Presidência da República.

É o que mostra a 30ª edição do Barômetro do Poder, iniciativa do InfoMoney que compila mensalmente as avaliações e expectativas de consultorias de análise de risco político e analistas independentes sobre assuntos em destaque na política nacional. Acesse o relatório gratuitamente clicando aqui.

O levantamento, realizado entre os dias 22 e 24 de novembro, mostra que, considerando uma escala de 1 (muito baixo) a 5 (muito alto), a média das avaliações dos especialistas indica que inflação e custo de vida (4,86) devem ser as pautas de maior relevância para o eleitor.

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Para 86% dos entrevistados, o peso que a alta nos preços terá sobre a escolha do candidato será “muito alto”. Outros 14% esperam impacto “alto”. Na sequência, aparecem desemprego (4,79) e renda (4,64), com todas as notas atribuídas situadas entre 4 e 5.

A fome e a miséria, aprofundadas pela pandemia de Covid-19, tiveram impacto médio estimado pelos analistas políticos em 4,57, com 64% dos analistas atribuindo nota máxima ao tema.

Segundo levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mais da metade da população brasileira ‒ 116 milhões de pessoas ‒ vivia com algum grau de insegurança alimentar em dezembro de 2020. Quase 20 milhões declararam passar 24 horas sem ter o que comer em alguns dias.

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Já a quinta posição do Barômetro do Poder ficou com a Saúde, com média de 4,29. Mais de 21 meses após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, a aposta dos especialistas é que a crise sanitária ainda ocupe espaço relevante da atenção do eleitorado.

Considerada pauta central na última disputa pelo Palácio do Planalto, a corrupção deve perder posições no pleito de 2022. A nota média atribuída pelos analistas políticos para o tema é de apenas 3,00 de 5,00. Para 21%, o peso do assunto deve ser “baixo” sobre a escolha do eleitorado ‒ mesmo percentual dos que veem impacto “alto”. O restante atribui peso “médio”.

Esta edição do Barômetro do Poder foi realizada entre os dias 22 e 24 de novembro, com questionários aplicados por meio eletrônico. Foram ouvidas 10 casas de análise de risco político – BMJ Consultores Associados; Control Risks; Dharma Political Risk & Strategy; Empower Consultoria; Medley Global Advisors; Patri Políticas Públicas; Ponteio Política; Prospectiva Consultoria; Pulso Público; Tendências Consultoria Integrada – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); Claudio Couto (EAESP/FGV) e Thomas Traumann.

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Conforme acordado previamente com os analistas, os resultados do levantamento são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e comentários.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.