DIs amenizam após breve disparada e Ibovespa Futuro sobe em dia com Fomc, IBC-Br e política no radar

Mercado digere novas sinalizações do Federal Reserve e mais um capítulo da crise institucional em nível doméstico

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após um dia negativo para o principal índice do mercado acionário brasileiro, em meio à perspectiva de que o Federal Reserve elevará juros em ritmo mais intenso que o esperado, o Ibovespa Futuro iniciou a quinta-feira (15) operando no campo positivo. Às 9h17 (horário de Brasília), os contratos futuros do índice INDG17, com vencimento em fevereiro de 2017, tinham alta de 0,59%, a 59.330 pontos.

Do lado dos DIs, depois de um começo de sessão de fortes ganhos, os contratos curtos e longos cederam. No mesmo horário, os papéis com vencimento em janeiro de 2018 caíam 2 pontos-base, a 11,81%, ao passo que os com vencimento em janeiro de 2021 tinham leve alta de 1 ponto-base, a 12,02%. Os contratos de dólar futuro com vencimento em janeiro de 2017, por sua vez, subiam 0,15%, sinalizando cotação de R$ 3,389, depois de chegarem a bater R$ 3,412.

Confira os destaques desta sessão:

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Bolsas mundiais
O dia começa levemente positivo para os principais índices acionários globais, que digerem a já esperada decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) de elevar a banda de juros para 0,5%-0,75% e dar indícios de que o ano que vem poderá contar com outras três elevações nas taxas. 

Do lado das commodities, o petróleo opera com ganhos abaixo de 1%, com os investidores ainda especulando sobre os efeitos do corte de produção acordado por membros e não-membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e os efeitos dos novos rumos da política monetária norte-americana sobre os preços dos ativos no mercado global.

Este era o desempenho dos principais índices:

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* FTSE 100 (Reino Unido) -0,14%

* CAC-40 (França) +0,71%

*DAX (Alemanha) +0,61%

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* Xangai (China) -0,71% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -1,77% (fechado)

* Nikkei (Japão) +0,10% (fechado)

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*Petróleo brent +0,83%, a US$ 54,35, o barril

Agenda política
Em destaque nesta quinta, está a repercussão da aprovação do relatório pela admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reformar a Previdência, por um placar de 31 votos a favor e 20 contra pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Com a aprovação do parecer, a próxima etapa será a criação de uma comissão especial para debater o mérito da proposta. Ainda no noticiário político, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou o texto-base do Orçamento da União para 2017, que fixa os gastos federais em R$ 3,7 trilhões e estabelece o salário mínimo em R$ 945,80 para o próximo ano. 

Vale destacar que haverá uma sessão solene do Congresso Nacional às 9h para promulgação de Emenda Constitucional originada da aprovação da PEC 55/2016, que limita gastos públicos. A PEC foi aprovada em segundo turno no Senado na última terça-feira por 53 votos a 16.

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Por fim, destaque para o cenário de mal-estar no STF. Após a decisão de Luis Fux, o ministro do STF Gilmar Mendes afirmou que o seu colega deveria “fechar o Congresso de uma vez e dar a chave ao procurador Deltan Dallagnol [da Lava Jato]”.

Na noite de ontem, Luis Fux decidiu suspender a tramitação do Projeto de Lei da Câmara dos Deputados  (PL) 4.850/16, que trata das Dez Medidas de Combate à Corrupção, projeto popular incentivado pelo Ministério Público Federal (MPF). Na decisão, Fux entendeu que houve um erro de tramitação na Câmara e determinou que processo seja devolvido pelo Senado, onde a matéria está em tramitação, para que os deputados possam votar a matéria novamente. A decisão do ministro anula todas as fases percorridas pelo projeto, inclusive as diversas alterações às medidas propostas inicialmente pelo Ministério Público, como a inclusão dos crimes de responsabilidade para punir juízes e membros do Ministério Público. A votação na Câmara foi feita na madrugada do dia 30 de novembro. Confira mais clicando aqui. 

Pacote de estímulos
O governo deve anunciar nesta quinta medidas de reforma da microeconomia para aumentar capacidade de crescimento do país, disse o ministro da Fazenda Henrique Meirelles em evento nesta quarta em Brasília. Possivelmente, serão mais de 10 medidas, disse o ministro.

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De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o  governo deve incluir no minipacote a proposta de lei para facilitar a recuperação de empresas. Outra medida em estudo pelo governo é a criação de um programa de regularização tributária como forma de estimular as empresas a liquidarem seus débitos fiscais, melhorando sua situação financeira. 

Agenda de indicadores
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,48% em outubro na comparação com setembro, mostraram dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta quinta-feira (15). Pesquisa Reuters apontava que a expectativa era de que o índice recuasse 0,5% em outubro ante o mês anterior.

No cenário internacional, o destaque fica para a Reunião do Banco Central da Inglaterra, que será revelada às 10h.

Além disso, nos EUA, serão revelados os dados de inflação de novembro às 11h30, além do Philadelphia Fed Index. O mercado também segue repercutindo a decisão do Fomc (Federal Open Market Committee). O Fed decidiu elevar as taxas de juros nos Estados Unidos em 25 pontos-base, em decisão já amplamente esperada pelo mercado. Contudo, acabou sendo surpreendido pela mudança nas projeções da autoridade americana. Para 2017, o Fed espera agora três novas elevações nas taxas, contra duas previstas anteriormente.

Noticiário corporativo 
O noticiário corporativo é movimentado, com destaque para a Oi. Segundo a Bloomberg, o investidor egípcio Naguib Sawiris propõe investimento de R$ 40 bilhões na companhia telefônica. Os credores representados pela Moelis e pelo bilionário Sawiris propõem injetar US$ 1,2 bilhão em capital na companhia. Além disso, a Braskem assina acordo de leniência com o MPF (Ministério Público Federal). Pelo termos acordados, a companhia pagará às autoridades competentes, a título de multa e indenização, o valor total de aproximadamente US$ 957 milhões, equivalentes a aproximadamente R$ 3,1 bilhões. Já aPetrobras informou hoje que atingiu a marca histórica de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos no pré-sal.

(Com Bloomberg e Agência Brasil) 

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.