Dilma nega crise, mas pede para “puxarem freio” nos gastos

Na reunião, a presidente negou que o País esteja em crise, mas ressaltou que o ideal é não criar despesas no momento

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – No mercado, o governo de Dilma Rousseff está sendo fortemente criticado pela deterioração das contas públicas, não alcançando a meta do superávit necessária. Preocupada com isso, Dilma pediu para “puxar o freio” do governo, convocando o conselho político para acertar pacto de não aumento de despesas pelo Congresso.  

Na reunião, a presidente negou que o País esteja em crise, mas ressaltou que o ideal é não criar despesas no momento – principalmente pelo fato de que a crise no exterior ainda não se formou. Para ela, é preciso estar bastante atento à situação econômica do País, já que “não vivemos em uma ilha”. 

Presente na reunião, Guido Mantega, lembrou que as despesas do governo estão crescendo 14% e as receitas apenas 11%, o que pode causar um “embaraço financeiro”. Na reunião, se destacou que o governo fez muitas desonerações nos últimos anos para garantir emprego e crescimento e que agora é hora de apertar o cinto. 

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Para ela, o momento do País “não é simples e requer a colaboração de todos”. Havia uma reclamação de que a conversa deveria ter sido feita com os líderes do Senado e não da Câmara dos Deputados, já que os projetos de aumento de despesas são do senado. 

Assim, Dilma prometeu convocar uma reunião na segunda-feira com os líderes do Senado e na terça com o Conselho Político. Esse conselho reúne os presidentes da Câmara e do Senado e os líderes dos partidos da base e presidentes de todos os partidos.