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SÃO PAULO – O governo de Dilma Rousseff deu um passo, embora tardiamente, em direção à privatização, fala a edição da revista britânica The Economist, que chegou nas bancas na última quinta-feira (10).
O Brasil parece ter “despertado para a necessidade urgente de melhorar a infraestutura no País, em especial nos transportes”, mas, segundo a publicação, acordou tarde para a questão diante de uma relutância de Dilma em aderir às privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões, especialmente dos aeroportos.
No mês passado, os portos entraram na lista do governo de concessões, que já inclui rodovias, estradas e aeroportos. Para este último, ele promete gastar R$ 54 bilhões para expandir, dragar e melhorar os portos ao longo dos próximos cinco anos, afirma a reportagem.
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Essa decisão de repassar projetos à iniciativa privada, no entanto, não foi tarefa fácil. A revista britânica diz que o governo de Dilma tinha “relutância” em privatizar alguns setores da economia. Para a Economist, o atual governo brasileiro foi “tardiamente convertido” às privatizações.
Porém, Dilma reluta em dizer o termo privatizações: “o que está sendo feito é o resgate da participação do investimento privado”. Mas sem dar nomes às medidas, a revista ressalta que governo demorou para abrir os olhos para essa questão.
Depois de vender 51% das ações em três aeroportos em fevereiro do ano passado, o governo ficou temeroso e passou o restante do ano sondando operadores estrangeiros para verificar se algum consideraria entrar em uma licitação para investimento minoritário. Contudo, somente depois de perceber que não teria compradores, o governo decidiu vender o restante do controle acionário, aponta o texto.
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A publicação ainda cita que o plano de melhoria de infraestrutura também entra no esforço federal para tentar ajudar a impulsionar o crescimento “anêmico” do Brasil. O texto lembra que até mesmo a agricultura, que tem apresentado desempenho positivo recente, sofre com a situação da infraestrutura.
A revista menciona também a dificuldade de alguns planos de sair do papel e cita as propostas para a Copa do Mundo de 2014, como exemplo. Dos 102 projetos apresentados em 2010 para o mundial, quase um quinto – ou 19 obras – sequer começaram.
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