Dilma cai 6,7 pontos percentuais e tem 37% das intenções de voto, revela pesquisa CNT

Pesquisa realizada pela CNT registrou ainda que a avaliação positiva do governo caiu para 32,9%, ante 36,4% em fevereiro; Aécio e Campos registram crescimento nas intenções de voto

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou pesquisa eleitoral e de avaliação da presidente Dilma Rousseff e de seu governo, realizada pela MDA. A pesquisa registrou que a avaliação positiva do governo caiu para 32,9%, ante 36,4% em fevereiro, uma queda de 3,5 pontos percentuais.

Enquanto isso, a avaliação negativa subiu de 28,4% em fevereiro, para 30,6% em abril. A aprovação pessoal de Dilma caiu para 47,9% em abril, ante 55% em fevereiro, enquanto a desaprovação passou de 41% em fevereiro para 46,1% em abril.

A presidente também apresentou queda nas intenções de voto para a presidência. Sobre as intenções de voto no primeiro turno, na pesquisa estimulada, a preferência por Dilma caiu de 43,7%, em fevereiro, para 37% em abril, uma queda de 6,7 pontos percentuais. Aécio Neves (PSDB) cresceu de 17% para 21,6% e Eduardo Campos (PSB) passou de 9,9% para 11,8%. O percentual dos eleitores que pretendem votar nulo ou em branco passou de 20,4% para 20%. Na pesquisa estimulada, em um segundo turno sem Dilma, Aécio venceria Campos por 31,3% a 20,1%. 

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Em relação ao segundo turno, diminuiu a diferença entre a atual presidente e os seus principais oponentes, com uma queda de 7,4 pontos percentuais. Em fevereiro, Dilma tinha 46,6% contra 23,4% de Aécio Neves. No atual cenário, ela caiu para 39,2% e o candidato tucano subiu para 29,3%. A diferença diminuiu, ainda, contra Eduardo Campos. Em fevereiro, Dilma tinha 48,6% das intenções de voto e caiu para 41,3%, enquanto Campos cresceu de 18% para 24%.

O CNT ressalta ainda que a presidente também piorou o seu desempenho no quesito limite de voto. Segundo a pesquisa, o percentual de entrevistados que votariam apenas na atual presidente diminuiu de 26,7% para 23,2%. E aumentou o número de eleitores que não votariam em Dilma “de jeito nenhum”, de 37,3% para 43,1%. Outros 29,4%, contra 31,4% em fevereiro, disseram que ela é uma candidata em que poderiam votar.

A percepção sobre a capacidade de Dilma em gerenciar o governo também mostra sinais de deterioração, com 22,3% dos entrevistados considerando a presidente como uma boa gerente e 30,6% avaliando que ela não é uma boa gerente. Cerca de 44,8% avaliam que a presidente é uma gerente regular, que às vezes acerta e às vezes acerta, às vezes erra. 

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Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 24 Unidades Federativas das cinco regiões do país, entre os dias 21 e 25 de abril de 2014.

Caso Petrobras
A pesquisa ainda fez perguntas sobre as recentes polêmicas envolvendo a Petrobras (PETR3;PETR4) com a compra da refinaria de Pasadena, além da responsabilidade da atual presidente no caso.

Cerca de 30,3% dos entrevistados destacaram que vem acompanhando as notícias sobre as denúncias envolvendo a petrolífera, enquanto 19,9% disseram ter ouvido falar, 49,5% não acompanham ou não ouviram falar sobre o assunto. Cerca de 45,9% – 91,4% dos que acompanham ou já ouviram falar – dos entrevistados disseram que são a favor da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias envolvendo a companhia e 40,5% dos entrevistados – 80,5% do que acompanham ou já ouviram falar sobre o assunto acreditam que houve irregularidades no caso Pasadena.

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Cerca de 33,4% dos entrevistas – 66,5% dos que acompanham o caso avaliam que a presidente Dilma tem responsabilidade pela compra da refinaria de Pasadena – enquanto 11,2% dos entrevistados, ou 22,3% dos que acompanham o assunto, acreditam que ela não é responsável e que foi mal informada. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.