Dilma aponta para tendência de crescimento nas pesquisas, diz diretor do Datafolha

"A tendência de Dilma é de crescimento", apontou Paulino em entrevista ressaltando que, "em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve melhora na aprovação de seu governo"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao “Roda Viva” da TV Cultura, o diretor-geral do Instituto Datafolha, Mauro Paulino, destacou que a presidente Dilma Rousseff aponta para uma tendência de crescimento, conforme aponta a última pesquisa. 

No último Datafolha, Marina Silva registrou uma soma de 21% dos votos, tecnicamente empatada com o candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves, que possui 20% da intenções de voto. Dilma manteve a dianteira com 36%. 

Por outro lado, a presidente atingiu seu maior nível de aprovação desde abril. A aprovação da gestão de Dilma subiu para 38%, frente aos 32% da pesquisa anterior, realizada em julho. “A tendência de Dilma é de crescimento”, apontou Paulino em entrevista. “Em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve melhora na aprovação de seu governo”.

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Em São Paulo, o maior colégio eleitoral, com 22% do eleitorado, a aprovação à gestão Dilma continua menor do que a avaliação negativa. Os que consideram o governo ótimo/bom somam 24%, oscilação de um ponto porcentual em relação ao levantamento anterior (23%). Enquanto a reprovação ao seu governo está em 35%, uma melhora em relação aos 39% de reprovação de julho. 

Conforme apontou Paulino, o piso de votos para a presidente no Brasil é de cerca de 25%, que são os votos espontâneos. 

Paulino afirmou ainda que a comoção gerada pela morte de Eduardo Campos teve impacto reduzido ou até nulo no desempenho de Marina Silva (PSB) na recente pesquisa sobre os presidenciáveis.

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“Acredito que [o impacto da morte] foi muito pouco, talvez nenhum. Marina obteve percentual muito parecido com o que ela obteve em 2010 (18%) e próximo ao que ela obteve na pesquisa anterior (27%, em abril deste ano). A proporção de votos da Marina praticamente não alterou, o que nos leva a crer que isso (os 21%) é um capital eleitoral que ela tem”, afirmou Paulino.

Ele diz que a eleição atual é muito peculiar, citando os protestos de 2013, a Copa do Mundo e agora a morte precoce de Campos. “Nada é inevitável. A gente acabou de ter uma reviravolta, mas, mesmo considerando que não mude muita coisa, é uma eleição que ainda está muito aberta”, afirmou.

(Com Brasil 247 e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.