Cunha diz que aceita acareação se Dilma também for convocada e prepara pacote anti-OAB

"Que façam acareação de todos", disse Cunha sobre um possível cara a cara com o delator da Lava Jato, Julio Camargo

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se movimentou bastante na segunda-feira (20). Ele pediu no STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão do processo em que foi citado pelo delator da Lava Jato, Julio Camargo; disse que aceita acareação com o delator desde que a presidente Dilma Rousseff (PT) também seja chamada à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e aceitou requerimento do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para Projeto de Lei que elimina a taxa de inscrição do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). 

Acusado por Camargo de ter pedido US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da estatal fosse viabilizado, Cunha foi para a ofensiva contra o governo, rompendo com o Executivo na sexta-feira. “Acho oportunista querer falar em acareação. Estou disposto a fazer em qualquer tempo. Aproveitem e convoquem todos os que estão em contradição. O ministro Mercadante e o ministro Edinho negam o que foi dito por Ricardo Pessoa. A presidente nega o que foi colocado pelo Youssef. Que façam acareação de todos”, disse Cunha ontem.

Além de colocar a presidente e ministros do governo na linha de fogo, ele ainda aproveitou para alfinetar a OAB, instituição com a qual tem rixa antiga. Em julho, a OAB encomendou uma pesquisa ao Datafolha na qual 74% dos entrevistados se declararam contrários ao financiamento empresarial de partidos e políticos. Como defensor do financiamento privado de campanha, Cunha disse na ocasião que tinha que ver como a pergunta foi feita.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além disso, ele ainda disparou contra a instituição: “a OAB não tem muita credibilidade há muito tempo. As minhas críticas à OAB são constantes”, disse. “A OAB é um cartel, é um cartel de uma eleição indireta, de uma série de poder feito com movimento de milhões sem fiscalização. Então, a OAB tem que ser questionada em muitos pontos dela, a OAB precisa ser mais transparente”, completou.

Além do requerimento que fala sobre a gratuidade do exame da ordem, ele ainda tem nas mãos o Projeto de Lei 8220/2014, que o relator da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) avisou que usará para propor o fim da obrigatoriedade da prova de duas fases para os bacharéis de Direito. 

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.