Publicidade
SÃO PAULO – A CPI do BNDES derrubou o pedido de convocação dos donos do JBS (JBSS3), o que gerou discussão entre os deputados na Câmara. Contudo, foram aprovadas as convocações do empresário Eike Batista e do sobrinho da ex-exposa de Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos, suspeito de tráfico de influência no BNDES, segundo os deputados.
A rejeição da convocação dos empresários Wesley e Joesley Batista, controladores do JBS, provocou discussão entre os deputados na CPI do BNDES. A CPI rejeitou a convocação dos empresários por 15 votos a 9. “A não convocação é a negação da CPI”, disse o deputado Carlos Melles (DEM-MG). O deputado relacionou o resultado a financiamento de campanhas eleitorais feito pela JBS.
O deputado Bebeto (PSB-MG) disse que foi feita uma manobra regimental para proteger os empresários. O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) disse que não tem qualquer relação com o grupo JBS e criticou a análise. “Ele está generalizando”, disse.
Continua depois da publicidade
“É vergonhoso para a CPI não convocar os donos da Friboi. Depois (os integrantes da CPI) ficam irritados com a suspeição por conta do financiamento de campanha. Que isenção terá quem foi financiado pela Fribou? É preferível encerrar a CPI se empresários já investigados em várias instâncias não forem convocados”, disse Arnaldo Jordy.
A CPI, por sua vez, aprovou por unanimidade a convocação de Eike. “É importante a convocação dele, já que suas empresas foram beneficiadas com empréstimos, e ele tem que vir explicar as operações”, disse o deputado Miguel Haddad (PSDB-SP).
Já Taiguara Rodrigues dos Santos é apontado como proprietário da empresa de engenharia Exergia Brasil, contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. A aprovação do sobrinho de Lula ocorreu após uma manobra dos deputados, que inverteram a ordem da pauta.
Continua depois da publicidade
(Com Agência Câmara)