CPI da Pandemia ouve ministro Marcelo Queiroga pela segunda vez; acompanhe

O reencontro já havia sido aprovado duas semanas atrás, mas foi antecipado após o anúncio de que o Brasil será sede da Copa América

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Um mês após prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o ministro Marcelo Queiroga (Saúde) retorna ao colegiado nesta terça-feira (8) para uma nova oitiva com os senadores.

O reencontro já havia sido aprovado duas semanas atrás, mas foi antecipado após o anúncio de que o Brasil será sede da Copa América, está marcado para as 9h (horário de Brasília). Acompanhe ao vivo pelo vídeo acima.

Autor de um dos requerimentos de convocação do ministro, o senador Humberto Costa (PT-PE) alega que a primeira oitiva não foi satisfatória para os trabalhos da comissão.

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“O depoimento foi contraditório em diversos aspectos. Um deles diz respeito à afirmação de que, na gestão dele, não há promoção do uso da hidroxocloriquina para tratamento da covid. Todavia, o ministro, até o presente momento, não revogou a portaria do Ministério da Saúde que prescreve o uso da medicação”, disse no pedido.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que assina o outro pedido, diz que o retorno de Queiroga se faz necessário em meio à participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de manifestações populares – sem máscara e provocando aglomerações, em descumprimento com orientações das autoridades de saúde.

“Diante do elevado grau de repercussão de ideias e comportamentos publicizados pela pessoa do dirigente maior da nação, faz-se necessária a RECONVOCAÇÃO do atual Ministro da Saúde, Sr. Marcelo Queiroga, máxima autoridade sanitária do país, a fim de esclarecer que procedimentos legais ou administrativos sob seu alcance deveriam ser tomados a fim de fazer valer suas determinações”, justificou.

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Antes da oitiva com o ministro, está prevista a votação de uma série de requerimentos apresentados pelos parlamentares. De acordo com o sistema da casa legislativa, há 306 solicitações pendentes de deliberação pelo colegiado.

O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), incluiu na pauta da reunião desta terça-feira a apreciação de 24 requerimentos. Entre eles estão pedidos de quebras de sigilos telefônico e telemático de Carlos Bolsonaro, Eduardo Pazuello, Markinhos Show, Carlos Wizard, Fabio Wajngarten, Ernesto Araujo, Filipe Martins e Mayra Pinheiro

Integrantes do chamado G7 – grupo informal de parlamentares independentes e de oposição ao governo no colegiado – também tentam emplacar novas convocações para apurações sobre a existência de um “gabinete paralelo” de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro em matérias de saúde durante a pandemia de Covid-19.

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O ressurgimento de vídeo de reunião realizada em setembro do ano passado, no Palácio do Planalto, entre o mandatário e médicos defensores do uso de medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Entre os nomes citados pelos parlamentares estão o do deputado Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania; do virologista Paolo Zanotto, que na gravação chegou a sugerir a criação de um “ministério das sombras” a Bolsonaro; e do anestesista Luciano Dias Azevedo.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.