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SÃO PAULO – Atualmente em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a presidência, o deputado Jair Bolsonaro está quebrando a resistência a seu nome dentro da cúpula das Forças Armadas, aponta o jornal O Estado de S. Paulo, citando entrevista com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.
Ele apontou ao jornal que a oposição ao parlamentar, que deve se filiar ao PSL em março para disputar a presidência, deixou de existir. Mas afirma: mesmo o deputado sendo um capitão do Exército na reserva, ele não pode ser apontado como candidato da corporação. “Institucionalmente, a posição das Forças Armadas é a mesma em relação a todos os candidatos, somos uma instituição de Estado. Bolsonaro deixou de ser militar há 30 anos. Atualmente, é um político, igual aos demais que estão se movimentando neste cenário para as eleições de 2018”, disse Villas Bôas ao jornal.
A oposição ao nome de Bolsonaro na instituição vinha do fim dos anos 1980. Ele deixou o Exército por criticar em artigos os “salários baixos” da corporação, estando na ativa. Ele foi preso no quartel em 1986 por conceder entrevistas sobre os salários e depois sofreu investigação ao ser acusado de ter elaborado um suposto plano para explodir um duto do Rio Guandu. Foi absolvido pelo STM (Supremo Tribunal Militar). Durante suas legislaturas, ele conseguiu mais desafetos com discursos duros contra a cúpula das Forças Armadas.
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A reportagem ressalta que o fato de o deputado ter defendido a tropa durante as sessões da Comissão da Verdade, no governo da presidente cassada Dilma Rousseff, ajudou a romper as críticas. E, segundo alguns nomes ouvidos pelo jornal, um dos pontos a favor de Bolsonaro é o fato de ele não ser investigado em casos de corrupção. Contudo, os militares demonstram preocupação com o temperamento intempestivo dele e sobre a filiação a um partido pequeno.
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