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SÃO PAULO – O Palácio do Planalto está fazendo um pente-fino nos cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões do governo, informa o jornal O Estado de S. Paulo. O objetivo do mapeamento é verificar as indicações políticas e usá-las como forma a evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Conforme informa o jornal, o objetivo é tentar detectar os “reais padrinhos” dos ocupantes dos cargos de confiança em Brasília e nos Estados para pressioná-los a votar contra o afastamento, ou negociar essas nomeações com quem esteja disposto a defender a permanência da petista.
O governo evita informar quantos são os cargos distribuídos a afilhados de parlamentares ou caciques políticos entre os cerca de 22 mil postos comissionados na máquina federal; porém, há deputados publicamente favoráveis ao impeachment que indicaram nomes para essas vagas.
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Além disso, há também a chamada “barriga de aluguel”: ou seja, um parlamentar indica um nome que, na verdade, é ligado a outra legenda ou grupo político, o que torna mais difícil o rastreamento.
Entre os que estão na mira do governo, estão os afilhados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): o Planalto trata como “inaceitável” manter as indicações feitas pelo peemedebista. Outra situação já detectada envolve o principal órgão do turismo e a bancada do PMDB catarinense.
O jornal ressalta que o Planalto, no entanto, sabe que é muito difícil desenrolar o novelo de cada nomeação e detectar a origem da indicação política. O trabalho em curso envolve vasculhar nomeações antigas, inclusive dos governos Itamar Franco, que era peemedebista, e Fernando Henrique Cardoso (PSDB): várias nomeações foram esquecidas e os supostos afilhados ainda estão nos mesmos cargos.
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