Classe média gasta mais com produtos e serviços do que as famílias mais ricas

Ela se beneficiou das políticas sociais que, desde 2003, diminuíram a desigualdade, e conseguiu multiplicar sua renda

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SÃO PAULO – As famílias da Classe C – a chamada nova classe média – gastam mais de sua renda com alimentação, habitação, vestuário, higiene e cuidados especiais, assistência à saúde, fumo e serviços pessoais do que as famílias dos estratos mais altos (classes A e B).

Os dados fazem parte da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram usados pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), da Presidência da República, para estabelecer um perfil da classe C. Atualmente, o grupo possui cerca de 95 milhões de pessoas, com 31 milhões emergentes na última década.

As informações serão analisadas nesta segunda-feira (8) por especialistas em políticas sociais, durante seminário sobre a nova classe média que a SAE e o Ministério da Fazenda promovem em Brasília.

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Aumento da renda
Para o secretário executivo da SAE, Roger Leal, a classe C se beneficiou das políticas sociais que, desde 2003, diminuíram a desigualdade.

Dados de 2009 da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) apontam que a taxa de crescimento na renda per capita dos 10% mais pobres foi cerca de quatro vezes acima da taxa de crescimento entre os 10% mais ricos da população.

Leal reconhece, no entanto, que o País ainda é desigual. “A ascensão significativa não afastou a possibilidade de extrema pobreza. Por isso, o Plano Brasil sem Miséria”, afirmou em entrevista à Agência Brasil. Ele referiu-se ao programa lançado pelo Governo Federal em junho.

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Renda: R$ 1 mil até R$ 4 mil
De acordo com o Governo, formam a classe média as famílias com rendimento de R$ 1 mil até R$ 4 mil. Segundo Leal, “a academia vem legitimando” essa faixa de renda como sendo de Classe C. “Os diferentes parâmetros usados não fogem muito dessa faixa”, disse.

Porém, ele reconhece que um intervalo de renda que começa com um valor inferior a dois salários mínimos (que seria de R$ 1.090) pode ser contestado. “Sempre a definição de limites é passível de discussão”, admite.

O secretário executivo pondera que a faixa comporta grande variação de potencial de consumo, desde domicílios que têm R$ 150 de renda familiar per capita até domicílios com R$ 1 mil de renda (média de quatro pessoas por residência).

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“Dentro dessa banda, há diferentes patamares e variações. Eu não estou querendo dizer que aquele que recebe R$ 250 é igual àquele que recebe R$ 1 mil”, apontou, ao destacar a heterogeneidade do potencial de consumo.

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