Citi adiciona Cemig à lista de ações “mais preferidas” para os próximos três meses

Analistas sugerem trade relativo entre a empresa mineira e Light, eleita para a relação de "menos preferidas"

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SÃO PAULO – O Citigroup modificou sua recomendação relativa para o setor de energia elétrica, apontando agora as ações da Cemig (CMIG4) como mais preferidas e as da Light (LIGT3) – subsidiária da Cemig – como menos preferidas no setor. Anteriormente, a recomendação relativa era EDP Energias do Brasil (ENBR3) como mais preferida e Eletrobras (ELET6) como menos preferida.

Essa recomendação é baseada em dois fatores. Primeiro, o valuation das duas companhias, com os papéis da Cemig sendo negociados com múltiplos P/L (Preço por lucro) menores que os da Light. Depois, o desempenho ruim da primeira no ano passado por conta das eleições e dos riscos de fusões e aquisições.

Preço-alvo
O preço-alvo atribuído pelo Citi aos papéis da Cemig é de R$ 37,00, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 18,63% em relação ao último fechamento. Já para as ações da Light, o preço-alvo é de R$ 28,00, o que representa um downside (potencial teórico de desvalorização) de 0,7% também em relação ao último fechamento.

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Cemig
Segundo o analista Marcelo Britto, as recentes aquisições da Cemig auxiliaram a companhia a obter um “sólido crescimento” no último trimestre de 2010. O desempenho dos custos também destacado. Além disso, o atual nível de alavancagem da empresa “funciona como uma proteção aos acionistas contra aquisições muito grandes”.

Assim, o analista avalia que a Cemig vai usar as suas subsidiárias “como veículos para crescimento inorgânico”. Sobre o valuation, Britto cita que as ações da companhia são negociadas com um desconto em relação a sua subsidiária e também na comparação com outras empresas do setor elétrico. Outro ponto positivo seria a perspectiva de queda da volatilidade com o fim das eleições, servindo como um bom sinal para o desempenho das ações no curto prazo.

Light
Por outro lado, o analista nota que a Light vem enfrentando dificuldades para diminuir suas perdas de eletricidade no Rio de Janeiro “a despeito dos recentes esforços”. A avaliação é de que a recuperação dessas perdas vai levar mais tempo que o previsto, ao mesmo tempo em que a revisão tarifária marcada para 2013 pressiona ainda mais os investimentos previstos para redução de perdas. Desta forma, na visão do analista, o atual preço das ações reflete totalmente todos os potenciais positivos.