Ceron diz que mudança na meta de superávit não representa abandono de arcabouço

Em entrevista a jornal, secretário do Tesouro afirma ser necessário que os três Poderes evitem "retrocessos fiscais"

Equipe InfoMoney

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva de imprensa (Foto: Washington Costa/MF)

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Para Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, a revisão da meta de resultado primário para 2025 não representa abandono do compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas. Porém, Ceron reconheceu, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que a alteração gerou “dúvidas dos agentes em relação ao compromisso fiscal”.

Na segunda (15), o governo federal anunciou a revisão da meta para 2025, de superávit de 0,5% do PIB para déficit zero, além de projetar um ajuste fiscal mais tímido para os anos seguintes.

“Não há alteração no arcabouço. O marco fiscal traz regras que continuam intactas”, disse o secretário do Tesouro ao Valor.

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Ceron afirmou ser necessário que os Três Poderes e toda a sociedade evitem “retrocessos fiscais” e entendam a importância do equilíbrio das contas públicas. Segundo ele, o câmbio e a inflação serão influenciados pela atenção que os três Poderes darão para o equilíbrio fiscal.

O secretário reforçou a importância de projetos discutidos com o Congresso, como as mudanças no Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse), de forma que a dívida pública tenha uma trajetória sustentável.