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SÃO PAULO – Cerca de 900 depoimentos feitos em delação premiada por 77 pessoas entre donos, executivos e ex-funcionários da Odebrecht serão enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira, último dia de trabalho antes do recesso forense, segundo informa o jornal Correio Braziliense.
De acordo com informações do jornal, as oitivas — gravadas em vídeo — são acompanhadas de anexos informativos, documentos, mensagens de e-mail, números de telefone e tudo o mais o que os delatores trouxeram para embasar confissões de crimes e denúncias contra outros participantes em irregularidades nos últimos anos. Além do PMDB e do PT, siglas como PSDB, PTB, DEM e PP foram alvos das delações.
O conteúdo das delações, afirma o jornal O Globo, deve começar a ser analisado pelo ministro relator Teori Zavascki na volta do recesso, em fevereiro. Porém, já em janeiro ele deverá ouvir os delatores e advogados sobre se foram ou não coagidos a delatar. Caberá a Teori homologar os depoimentos ou não.
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Segundo o jornal, o quantitativo do material descrito como “explosivo” tem um volume físico com capacidade para encher uma van. A publicação também destaca que o procurador-geral da República Rodrigo Janot acelerou os trabalhos de colher os depoimentos após críticas de vários ministros do STF em relação às investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, durante sessão ocorrida em 1º de dezembro. As críticas desagradaram o procurador-geral, que resolveu contra-atacar e acionou procuradores para dar mais agilidade e concluir os depoimentos da Odebrecht a tempo de entregá-los ao STF ainda este ano.