Cartada final de Temer pela Previdência, Copom e mais 4 eventos que vão agitar a próxima semana

Confira os principais eventos que prometem agitar o mercado nos próximos dias

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Este começo de mês promete ser bastante agitado no mercado, principalmente após as quedas do Ibovespa nesta semana. Uma série de eventos prometem deixar os investidores bastante tensos, com destaque para a volta dos trabalhos no Congresso – colocando a Previdência de volta no centro das atenções -, além da temporada de resultados corporativos e uma série de indicadores importantes, como o Copom e IPCA.

Na política, o Câmara e Senado retomam os trabalhos a partir de segunda-feira (6), com o governo podendo ainda tentar uma última “cartada” para fazer a reforma da Previdência ser aprovada. O ministro Carlos Marun disse que no dia 6 será apresentado um texto com alterações, que seria a última mudança na proposta.

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O G1 destacou nesta sexta que o governo “jogou a toalha” sobre a reforma, tom que foi demonstrado por Michel Temer em entrevista ao Estadão. Ele disse que já fez sua parte e que é preciso convencer a população para ter apoio do Congresso à proposta, principal pilar de sua agenda de ajuste fiscal. O presidente afirmou ainda que avaliará, junto com Rodrigo Maia se o texto será colocado em pauta no dia 19 de fevereiro, mesmo sem a certeza dos 308 votos necessários para aprovação

Na agenda de indicadores, o Brasil fica em destaque com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), na quarta-feira (7), que deve cortar novamente a Selic em 25 pontos-base, que passaria para 6,75%, renovando sua mínima histórica. A questão agora ficará com o comunicado, em que o Banco Central poderá indicar se este é o fim do ciclo de alívio monetário.

No dia seguinte é a vez do IBGE apresentar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro. Segundo analistas compilados pela Bloomberg, a expectativa é que o dado mensal fique em 0,42%, com o acumulado de doze meses passando para 2,99%. A GO Associados afiram que o dado de janeiro deve mostrar pressão principalmente dos grupos alimentação e transportes, enquanto o grupo habitação deve dar a principal contribuição baixista para o indicador.

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Após dados fortes de emprego nos Estados Unidos nesta sexta, a agenda de indicadores no país perde força na próxima semana. Mesmo assim, o mercado seguirá atento à política monetária do Federal Reserve. Após o Fomc enviar uma mensagem “hawkish” e reforçar aposta em alta de juros para março, vários dirigentes do Fed falarão nos próximos dias, como Bullard, Dudley, Evans e Harker.

Ainda na agenda externa, a China vira o centro das atenções, com diversos números de sua economia, entre eles a balança comercial e inflação ao consumidor e produtor.

Por fim, a temporada de resultados do quarto trimestre ganha força, com pelo cerca de 20 balanços programados para o período entre 5 e 9 de fevereiro. O destaque fica para o Itaú Unibanco (ITUB4), na segunda-feira (5). Ainda na semana divulgam resutlados a Suzano (SUZB5), Lojas Renner (LREN3) e Usiminas (USIM5).

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Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.