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SÃO PAULO – Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) decidirão em segundo turno, no próximo dia 28 de outubro, quem será o próximo presidente do Brasil. Com 96% das urnas apuradas até às 20h52 (horário de Brasília), Bolsonaro aparece com 46,70% das intenções de voto, enquanto o petista teve 28,37% votos, o que os leva para o segundo turno.
Desde o período pré-eleitoral, sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, Bolsonaro, candidato da coligação PSL-PRTB, liderou todas as pesquisas de intenções de voto para a Presidência da República.
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Ocupando o espaço de principal rival do PT, Bolsonaro, o militar de 63 anos firmou-se como defensor de propostas que se enquadram no arco da extrema-direita e nunca se intimidou com os limites impostos pelo politicamente correto. Sua trajetória parlamentar é marcada pela virulência de seus discursos – que ele considera como livre opinião, protegida pela imunidade parlamentar.
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Com apenas oito segundos de propaganda eleitoral, o candidato e seus filhos, que costumam criticar a imprensa, usaram as redes sociais intensamente e terminaram acusados pelos adversários de liderarem a produção de fake news nessas eleições. Pelas redes, detalharam até o estado de saúde de Bolsonaro quando esteve hospitalizado durante o primeiro turno, alvo de atentado a faca – algo que nunca aconteceu a presidenciáveis em campanha, após a redemocratização no Brasil.
Já o candidato petista Fernando Haddad, professor universitário de 55 anos, apresentou-se durante a campanha como a voz e as pernas de Lula. Mesmo no Nordeste, onde obtém seu melhor resultado nas pesquisas, seu nome não é bem conhecido.
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Oficialmente escolhido para concorrer a vice na chapa do PT, Haddad foi confirmado como candidato a presidente somente no dia 11 de setembro. O programa de governo sintético que entregou ao TSE prevê medidas emergenciais para gerar empregos. Ele defende a revogação da reforma trabalhista e do teto dos gastos, medidas aprovadas no Congresso pelo governo Temer, e quer “enquadrar os bancos” com uma reforma bancária.