Bolsonaro depõe em caso de suposta importunação de baleia

Ele é acusado de ter se aproximado muito de baleia jubarte em jet ski

Agência Brasil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depôs na terça-feira (27), na Polícia Federal (PF) em São Paulo (SP), sobre um caso de suposta importunação de animal marinho em São Sebastião, no litoral paulista, em junho de 2023.

Na época, vídeos publicados nas redes sociais mostraram que Bolsonaro se aproximou de uma baleia jubarte, no momento em que ela aparecia na superfície da água, de jet ski e com o motor ligado.

O ex-presidente chegou a ficar a menos de 15 metros de distância do animal, apesar de uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibir embarcações com motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia.

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O Ministério Público Federal (MPF) abriu a investigação em novembro e apura se Bolsonaro descumpriu a lei que proíbe “qualquer forma de molestamento intencional” ou a importunação de baleias. A punição prevista é de dois a cinco anos de reclusão e multa.

O advogado de Bolsonaro, Daniel Tesser, acompanhou o depoimento e disse que o ex-presidente se reconheceu nos vídeos, mas declarou que não houve importunação do animal.

“Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que surge, ele emerge da água, de baixo. Foi exatamente o que aconteceu. O presidente tomou todas as precauções a partir do momento [em] que avistou a baleia, que é o que a lei determina”, disse o advogado após a oitiva. “Ele [Bolsonaro] também nem sabia que tinha essa proibição, mas, mesmo assim, tomou todos os cuidados necessários para não criar nenhum tipo de interferência”.

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É o segundo depoimento do ex-presidente à PF em uma semana. Na quinta-feira (22), Bolsonaro à sede da corporação, em Brasília, para prestar esclarecimentos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Mas se valeu do seu direito de permanecer em silêncio diante dos investigadores.