BB: saída de Pizzolato pode estar ligada com seu envolvimento com o PT

Fator acredita na possibilidade de mais notícias negativas, mas considera que as ações do banco já estão bastante descontadas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Fator Corretora comentou, em relatório nessa segunda-feira, dia 18 de julho, que suspeitas de envolvimento do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil com o PT podem ter sido responsáveis pelo seu afastamento. Na semana passada, Henrique Pizzolato pediu aposentadoria e se desligou da diretoria do banco.

Notícias veiculadas na imprensa dão conta de que o mensageiro Luiz Eduardo Ferreira da Silva, ligado à Previ, teria confirmado que retirou um pacote no Banco Rural, em janeiro do ano passado, em nome de Henrique Pizzolato. Segundo relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o pacote continha R$ 326 mil em dinheiro vivo, que era proveniente de uma conta da DNA propaganda, empresa de Marcos Valério.

Ações já estão suficientemente descontadas

Os analistas da Fator acreditam que ainda é possível que saiam mais notícias negativas e afirmam não saber qual será o efeito sobre as ações do banco.

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Mas eles lembram, no relatório, que as ações do BB já apresentam um desconto significativo por não se tratar de um banco estritamente privado. Dessa forma, a corretora não acredita que a ação deva ser muito penalizada com a notícia.

Além do mais, os analistas ressaltaram que a administração do banco tomou a atitude correta, pressionando pela saída do diretor, e as mudanças realizadas na diretoria parecem positivas, ao elevar o número de profissionais técnicos na diretoria da instituição.

A Fator reitera sua recomendação de “atraente” para as ações ordinárias do Banco do Brasil, com preço alvo de R$ 43,20, cerca de 42% acima da cotação atual, de R$ 30,50 registrada nessa segunda-feira.