Auxílio do governo para companhias aéreas está próximo, diz ministro

Fixado em R$ 4 bilhões, o pacote prevê a utilização de recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para empréstimos que serão feitos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Reuters

Silvio Costa Filho (Republicanos), ministro de Portos e Aeroportos (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Silvio Costa Filho (Republicanos), ministro de Portos e Aeroportos (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O pacote de ajuda do governo federal às companhias aéreas deve ficar pronto em breve, com as primeiras contratações já no início de 2025, ajudando o setor a superar um período turbulento, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), em entrevista à Reuters.

“Nossa expectativa é que essas operações sejam realizadas no máximo nos primeiros três ou quatro meses [de 2025]. Nesse período, a gente pode ter essas operações validadas”, disse o ministro, acrescentando que os ajustes finais do programa devem ser apreciados na Câmara dos Deputados possivelmente na próxima semana.

A Gol, que negocia sua saída do chamado Chapter 11 – processo similar à recuperação judicial nos Estados Unidos –, e a Azul, que recentemente renegociou dívidas para levantar capital, já estão conversando com o governo sobre a linha de crédito, revelou Costa Filho.

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Atualmente fixado em R$ 4 bilhões, o pacote prevê a utilização de recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para empréstimos que serão feitos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Azul confirmou que está conversando com o governo sobre a linha de crédito. A Gol não comentou imediatamente o assunto.

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Nesta semana, a Gol chegou a um acordo de reestruturação que provavelmente, vai tirar a empresa do Chapter 11 no próximo ano. A Azul recentemente fechou um acordo com credores para levantar até US$ 500 milhões, tornando-se a única grande companhia aérea brasileira a evitar o Chapter 11 após a pandemia de Covid-19.

Costa Filho disse ainda que o apoio do governo ao setor aéreo deveria ter sido dado muito antes. “Ao contrário de outros países, o Brasil não ajudou imediatamente as companhias aéreas”, lamentou. 

Em relação aos rumores de uma possível fusão entre Gol e Azul, o ministro disse que não espera a formalização de uma união, pelo menos no curto prazo.

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“Hoje não sinto que haja nada de concreto com relação à fusão dessas duas empresas”, declarou. 

Questionada pela Reuters, a Azul informou que as discussões sobre uma possível combinação de negócios estão em andamento. A Gol não se pronunciou.