Até Levy fala sobre impeachment e Collor chama Janot de filho da p*; as frases da semana

A volta do recesso parlamentar foi marcada por derrotas do governo e crise política acentuada, com destaque para uma ofensa proferida por senador a Janot; enquanto isso, o cenário é desolador para economia

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na volta do recesso parlamentar, com Eduardo Cunha agora sendo da oposição, o governo sofreu uma derrota no ajuste fiscal e as discussões sobre impeachment ganharam forças, reforçada por uma crise política cada dia maior. 

As discussões ganharam tanta força que até mesmo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou a falar sobre o assunto. 

A Operação Lava Jato também segue no radar, com destaque para o xingamento proferido pelo ex-presidente da República Fernando Collor de Mello contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Confira as principais frases da semana:

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Impeachment

 “Não vejo razão e nem benefício para o impeachment.”
Joaquim Levy, ministro da Fazenda, em entrevista para a Bloomberg, destacando que o País não está fora do controle. 

“Voto é minha fonte de legitimidade e ninguém vai tirar minha legitimidade”
Dilma Rousseff, durante entrega de casas em Boa Vista, Roraima, defendendo o seu mandato. 

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“Nós temos uma presidenta democraticamente eleita. Eleição, agora, só em 2018. A oposição deveria buscar nas urnas uma vitória em vez de tentar um golpe de mão para afastar a presidenta”. 
Rui Falcão, presidente do PT, durante ato em apoio ao Instituto Lula. 

“O PT não precisa ser salvo”
Lula, ex-presidente da República, negando ter dito que “nem melhora na economia salva o PT”

Cenário desolador para a economia 

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“O quadro fiscal do Brasil é tão catastrófico como em 80”
Fabio Giambiagi, especialista em finanças públicas, em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo sobre o atual cenário das contas brasileiras. 

“Nova presidente encontrou a conta que a velha presidente deixou”
Mansueto Almeida, economista, sobre o que a “nova” Dilma encontrou após a “velha” Dilma ter saído

“Com Dilma, não há como Brasil manter grau de investimento”
Amaury Bier, sócio da Gávea Investimentos, ao dizer que a presidente Dilma não apresenta a menor condição de fazer a articulação política necessária.  

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Michel Temer “solta o verbo”

“É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos e fazer este apelo, e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o País”.
Michel Temer, em fala que causou bastante polêmica ao dar a entender que não seria Dilma a pessoa a ter essa capacidade.

“[Dilma] tem feito um trabalho excepcional para manter a tranquilidade institucional no nosso País”
afirmou depois, contemporizando

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“Se for preciso, se eu estiver causando algum embaraço, eu saio”
Suposta fala de Michel Temer para Dilma Rousseff, em que deixaria à disposição a articulação política. 

“São infundados os boatos de que deixei a articulação política”
negando que entregou a articulação política do governo. 

“O governo Alckmin tem muito do Franco Montoro, com sua capacidade agregadora. Está acima dos acontecimentos”
retribuindo afagos com elogios ao governador de São Paulo na última quinta-feira

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Cunha e o impeachment

“Dilma tem que recomeçar governo do zero”,
Eduardo Cunha após Datafolha, em que Dilma apareceu com apenas 8% de aprovação

“Jamais aceitarei a insistente tentativa de me imputar o papel de conspirador pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff”
o mesmo Cunha, em editorial publicado pela Folha de S. Paulo.

Programa (polêmico) do PT

“Quem pensa que nos falta energia e ideias, está enganado”
Dilma Rousseff, no programa do PT que veiculou na última quinta-feira em rede nacional.

 “Eu sei que a situação não está fácil e que a crise já chegou nas nossas casas.”
Lula, no mesmo programa

“Com as panelas vamos fazer o que mais sabemos, enchê-las de comida e esperança. Esse é o panelaço que gostamos de fazer”
José de Abreu, ao término do vídeo.

“Quem esperava que o programa do PT fosse um espaço de bom senso, […], se surpreendeu ao ver, no programa exibido hoje [ontem], o PT de sempre: arrogante, alheio à realidade e intolerante para com seus críticos”
Aécio Neves (PSDB-MG), criticando o programa do PT. 

As dificuldades, e as esperanças…

“Somos tachados de traidores pela liderança do governo. Isso tem sido feito de forma recorrente.”
Deputado André Figueiredo (PDT-CE) disse que seu partido não irá mais participar das reuniões dos líderes da base governista e terá, a partir de agora, uma postura de independência.

“Pode-se dizer que o Brasil do Jango e o Chile do Allende estavam divididos, mais ou menos meio a meio. Hoje, não há divisão, porque é todo mundo contra. Pega a pesquisa e vê que é sete a um entre quem rejeita e quem apoia. É uma desproporção grande e configura uma crise. Não estou querendo ser alarmista”, 
José Serra, senador pelo PSDB-SP, afirmando que a situação de Dilma é pior do que a de João Goulart 

“Rio Grande é a Grécia sem os países do euro para ajudar”
Aod Cunha, ex-secretário da Fazenda do RS no governo de Yeda Crusius, sobre o cenário de dificuldades econômicos no estado em entrevista para o Zero Hora

“O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo’, ‘pode tremer, pode tremer, aqui é a infantaria do PT'”
Manifestantes pró-Lula, em ato contra a intolerância em defesa do seu instituto, que sofreu um ataque à bomba na semana passada. 

“Filho da puta”
Fernando Collor de Mello, senador do PTB-AL, chamando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “filho da puta” durante um pronunciamento feita da tribuna no Senado na última quarta-feira. 

Lá fora…

“Teria de haver uma deterioração significativa do quadro econômico para eu não me inclinar a seguir em frente”.
Dennis Lockhart, presidente do Federal Reserve de Atlanta, dizendo que economia dos Estados Unidos teria de sofrer “uma deterioração significativa” para ele não apoiar uma alta dos juros em setembro

“O objetivo é que as negociações sobre o programa… sejam concluídas no fim de agosto. Sabemos que é difícil, mas temos de nos certificar de que as condições sejam atendidas, em um clima bom”
François Hollande, presidente da França, em meio à expectativa para um acordo de resgate na Grécia, a ser finalizado até o fim de agosto. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.