As 17 frases que marcaram essa semana histórica no Brasil

Passos finais do impeachment de Dilma foram marcados por choros, xingamentos e declarações históricas em Brasília

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O início do julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff, ainda na semana passada, foi marcado por uma série de declarações polêmicas e que chamaram atenção, como a confusão entre a senadora Gleisi Hoffmann, que disse que o Senado não tinha moral para julgar a então presidente, e o presidente da Casa Renan Calheiros. Mas este foi apenas o começo para o que veio nesta semana.

Os últimos dias foram históricos para o país, com a conclusão do processo de Dilma e diversas frases ajudam a resumir o que aconteceu nesta semana, que começou com a própria petista indo ao Senado fazer sua defesa. Entre acusação e defesa, choros, xingamentos e discursos ficarão marcados.

Confira abaixo o resumo em frases desta semana histórica:

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“Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus” – Dilma Rousseff em discurso de defesa feito no plenário do Senado (29/8)

“Por duas vezes vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos, submetida a sevícias que nos fazem duvidar da humanidade e do próprio sentido da vida; e quando uma doença grave e extremamente dolorosa poderia ter abreviado minha existência. Hoje eu só temo a morte da democracia” – Dilma Rousseff em discurso de defesa feito no plenário do Senado (29/8)

“Eu peço desculpas à presidente da República. Peço desculpas porque sei que a situação dela não é fácil, porque lhe causei sofrimento e peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela” – Janaína Paschoal, chorando, em seu discurso de acusação no Senado (30/8)

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“É uma administração pública não baseada no mérito, mas na sinecura, na difusão de que o que importa é ser malandro. O lulopetismo deixa como legado a esperteza, a malandragem. O país não quer mais isso” – Miguel Reale Júnior em discurso no plenário do Senado (30/8)

“Peço a Deus que algum dia, se Dilma for condenada, um novo ministro da Justiça tenha a dignidade de pedir desculpas a ela. Se ela estiver viva, se faça de corpo presente; se estiver morta, à sua filha e a seus netos. Que se peça desculpas a Dilma Rousseff, se ela vier a ser condenada; que a história faça justiça com ela; que a história absolva Dilma Rousseff.” – José Eduardo Cardozo, advogado de defesa de Dilma, em discurso no Senado (30/8)

“Foi um choro sincero e não preparado. Eu acho inadmissível alguém pedir a condenação e dizer que o faz pelos netos dessa pessoa” – José Eduardo Cardozo, em coletiva após fazer a defesa de Dilma no Senado, criticando o discurso de Janaína no plenário (30/8)

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“Nunca deixei de me emocionar diante da injustiça. Aquele que perde a emoção diante da injustiça se desumanizou” – José Eduardo Cardozo, chorando, em coletiva à jornalistas após defender Dilma no Senado (30/8)

“Não pretendo, nesta sessão, moderar a linguagem ou asfixiar o que penso. Não vou reprimir a indignação que me consome. ‘Canalha! Canalha! Canalha!’” – Roberto Requião para Aécio Neves no plenário do Senado (30/8)

“Hoje a situação é completamente diversa: além de infração às normas orçamentárias, o governo afastado transformou sua gestão numa tragédia anunciada” – Fernando Collor em seu discurso no plenário do Senado (30/8)

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“No Nordeste, se diz: além da queda, o coice. Não podemos ser maus, desumanos. Meu voto é não à inabilitação” – Renan Calheiros antes da segunda votação que acabou mantendo os direitos políticos de Dilma (31/8)

“Considero que a presidente Dilma não foi afastada pela pratica de crime algum, mas sim por posturas políticas adotadas, que não foram capazes de conquistar uma base de apoio congressual minimamente favorável ao seu governo” – Telmário Mota em carta para justificar porque mudou de lado e votou pela cassação de Dilma

“Filho da puta!” – Dilma Rousseff ao ver o voto de Telmário Mota (31/8)

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“É o segundo golpe de estado que enfrento na vida. O primeiro, o golpe militar, apoiado na truculência das armas, da repressão e da tortura, me atingiu quando era uma jovem militante. O segundo, o golpe parlamentar desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica, me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo.” – Dilma Rousseff em seu primeiro discurso após sofrer o impeachment (31/8)

“Hoje, o Senado Federal tomou uma decisão que entra para a história das grandes injustiças. Os senadores que votaram pelo impeachment escolheram rasgar a Constituição Federal. Decidiram pela interrupção do mandato de uma presidenta que não cometeu crime de responsabilidade. Condenaram uma inocente e consumaram um golpe parlamentar.” – Dilma Rousseff em seu primeiro discurso após sofrer o impeachment (31/8)

“Vamos contestar o termo de golpista. Golpistas são eles, que propõem a ruptura constitucional. Não vamos levar ofensa para casa” – Michel Temer em seu primeiro discurso após ser oficializado presidente (31/8)

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“Eu espero que possamos colocar o país nos trilhos do crescimento. Para que possamos sair daqui, daqui a dois anos e quatro meses, com aplausos do povo brasileiro” – Michel Temer em seu primeiro discurso após ser oficializado presidente (31/8)

“Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o “impeachment tabajara” de Dilma Roussef. Não quis perder tempo.” – Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, comentando o impeachment em sua página no Twitter (31/8)

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.