Armínio se incomoda com oposição “irresponsável” do PSDB; outro quadro histórico deixa partido

Confusão interna no ninho tucano persiste e partido tem dificuldades para calibrar posição às vésperas do início da corrida eleitoral

Marcos Mortari

(PSDB)

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SÃO PAULO – Após o desembarque do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco do PSDB, foi a vez da economista Elena Landau deixar a legenda depois de 25 anos. As informações foram dadas pela jornalista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a coluna, a gota d’água teria sido o racha do partido quanto ao apoio à reforma da Previdência e o recém-lançado documento “Gente em primeiro lugar – o Brasil que queremos”, coordenado por José Aníbal e sem consulta a qualquer economista tucano de peso.

A economista entrou no partido pela proximidade com o senador Tasso Jereissati — presidente da legenda em 1991 — e ficou conhecida por sua intensa defesa dos programas de privatizações emprenhados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, do qual atuou como diretora do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

A divisão entre os tucanos quanto ao apoio à reforma previdenciária também incomodou o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Em entrevista à jornalista Raquel Landim, da Folha de S. Paulo, ele comparou a situação atual ao episódio em que o PSDB, em 2015, ajudou a derrubar o fator previdenciário. “Acho irresponsável da parte do PSDB, como foi quando votaram pelo fim do fator previdenciário”, afirmou.

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Nesta semana, membros do PSDB fizeram exigências que desidratariam a nova versão — já desidratada — da reforma apresentada pelo governo do presidente Michel Temer.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.