Após “tumulto” com entrada de Marina, eleitor parece ter feito uma pausa para respirar

Última pesquisa Datafolha mostrou um quadro de maior estabilização; porém, se a pausa será longa ou curta ainda é impossível dizer com segurança, afirma a LCA Consultores

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira mostrou que, após o tumulto provocado pela entrada de Marina Silva, o quadro é de maior calmaria, com estabilidade nas intenções de voto.

É o que analisa a LCA, destacando que houve estabilidade dos dados agregados nas intenções de voto de primeiro e segundo turno e na avaliação do governo. Porém, ressalta, “não há garantia de que este quadro prevalecerá daqui por diante”. 

Do último Datafolha – revelado no último dia 3 de setembro – para o atual, não houve praticamente nenhuma mudança, embora seja necessário reconhecer que Marina oscilou levemente para baixo, especialmente na disputa de segundo turno o que, segundo a consultoria, pode mostrar que as  escolhas e opiniões dos eleitores ainda não tenham se estabilizado consistentemente. 

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“No mínimo, o eleitor parece ter feito uma pausa para respirar. Se a pausa será longa ou curta ainda é impossível dizer com segurança. Entretanto, como o estoque de eleitores indefinidos já se reduziu bastante, os candidatos precisam roubar votos um do outro, o que sinaliza que, provavelmente, não veremos grandes oscilações”, afira a consultoria.

Porém, a pesquisa mostrou que a vantagem de Marina frente Dilma seguiu em queda em um eventual segundo turno, com 4 pontos de vantagem (47% a 43%) ante 10 pontos no final de agosto (40% a 50%). A rejeição de Dilma seguiu estável 33%, enquanto a taxa de rejeição de Marina continua sendo a mais baixa dos três candidatos, mas segue em moderada: 18% nesta semana, 16% na semana passada e 15% no final de agosto. Agora, as atenções ficam para o Ibope a ser divulgado hoje à noite

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.