Após fracasso da oposição, senadores do PT e do PSOL farão visita à Venezuela

Nova comitiva será liderada por senador petista e procurará ouvir "os dois lados" na Venezuela; Aécio acusa movimento de ser "chapa-branca"

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Depois do incidente em que senadores do PSDB e outros partidos da oposição foram barrados na Venezuela por militantes que apoiam o governo do presidente Nicolás Maduro, uma nova comitiva do Senado irá desembarcar em Caracas, na Venezuela. Esta, segundo informações do Estado de S. Paulo, será composta por membros de partidos de esquerda e centro-esquerda tais quais, PT, PSOL, PSB e PMDB. 

Liderados por Lindberg Farias (PT-RJ), os senadores anunciaram ontem a data da viagem na tribuna do Senado. Farias aproveitou a ocasião para criticar a comitiva anterior, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB -MG), que na sua opinião pecou pela falta de imparcialidade. Segundo o petista, o papel dos parlamentares brasileiros é ouvir tanto oposição quanto governo venezuelanos para não agravar a já conturbada situação política do país vizinho. 

Na visita anterior, Aécio Neves e os outros senadores acusaram o governo da Venezuela de deliberadamente provocar trânsito e bloquear o caminho da comitiva para impedir que eles chegassem ao presídio onde estão detidos os opositores de Maduro. “É o Congresso Nacional brasileiro que está sendo atingido. Isso não aconteceria se, de alguma forma, não houvesse conivência do governo (brasileiro). Estamos em uma visita oficial. Não podemos estar expostos desse jeito”, disse Aécio. 

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O caso foi duramente criticado pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro e pela presidente Dilma Rousseff (PT). Para Lindberg, os senadores da oposição tentaram criar um factóide político na viagem polêmica. 

Além do senador petista, devem viajar Roberto Requião (PMDB-PR), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Telmário Mota (PDT-RR). O grupo solicitou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para viajar ao país vizinho, assim como a antiga comitiva, mas ainda não obteve resposta do governo neste ponto. 

Aécio classificou a nova comitiva como “chapa-branca” e disse acusou os senadores de esquerda de se sentirem confortáveis na companhia do presidente venezuelano, que sofre denúncias de autoritarismo no país. “Infelizmente, o que nós estamos vendo é o conforto que alguns senadores manifestam na companhia do senhor Maduro, mas nós da oposição não nos sentimos confortáveis”, afirmou ao Estado.

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