Aécio é recebido por multidão no Senado e diz: “perdi vencendo e Dilma venceu perdendo”

Candidato derrotado do PSDB foi acompanhado por uma multidão que se reuniu na entrada do Congresso Nacional e destacou que vai liderar "exército da oposição"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado no segundo turno na eleição presidencial, foi recebido por volta das 15h em Brasília. O senador foi recebido por uma multidão aos gritos de “Aécio” e “presidente”. A multidão também cantou o Hino Nacional.

Aécio obteve 51,04 milhões de votos no segundo turno (48,36%), contra 54,5 milhões (51,64%) da presidente Dilma Rousseff, reeleita. 

Ao chegar no Plenário, onde discursará pela primeira vez depois do segundo turno das eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ressaltou a mobilização da população e o desejo das pessoas de serem “protagonistas da construção de seu futuro”. Ele também disse sobre a força da oposição, simbolizado pelos mais de 50 milhões de votos que recebeu, e se disse disposto a dialogar com o governo em torno de propostas que interessem ao País.

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“Chego hoje ao plenário revigorado. Serei oposição com a mesma coragem e a mesma honradez com que me preparei para governar o país. O Brasil despertou. O Brasil é hoje diferente de antes da eleição. Emergiu um Brasil que quer ser protagonista da construção do seu próprio futuro. É uma mobilização inédita na história contemporânea”, afirmou. 

Ao mesmo tempo que reforçou o discurso de antagonismo ao governo, depois de ser apontado por aliados como principal líder da oposição após a eleição, Aécio se disse a favor das liberdades e contra qualquer retrocesso no processo democrático. “Eu respeito a democracia permanentemente e qualquer utilização dessas manifestações no sentido de qualquer tipo de retrocesso à democracia terá a nossa mais veemente oposição… Eu fui o candidato das liberdades, da democracia, do respeito”, afirmou. Ele também afirmou que “somos hoje um grande exército a favor do Brasil e prontos para fazer a oposição que a opinião pública determinou que fizéssemos”. 

Porém, ele reiterou sua avaliação de que a campanha eleitoral do PT usou a máquina pública e lançou mão do “terror” para assustar beneficiários de programas sociais. “O governo da presidente Dilma venceu essas eleições perdendo. Como disse Marina Silva, eu perdi essas eleições vencendo. Eu vou colocar minha cabeça no travesseiro e dormir tranquilo, pois fiz uma campanha ética, o que não posso afirmar de meus adversários”, afirmou. 

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Ele ainda rechaçou qualquer vínculo do PSDB com manifestantes que foram às ruas nos últimos dias pedindo impeachment da presidente Dilma e a volta do regime militar, mas destacou que o pedido de auditoria dos votos é “natural”. “Não foi pedido de recontagem. O que houve foi pedido de auditoria para ter acesso ao sistema. É absolutamente natural e tem de ser respeitado como instrumento das partes envolvidas na campanha eleitoral querer informações sobre a totalização dos votos”.

(Com Agência Senado) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.