Ações da Cosan avançam 1,83% após decisão dos EUA contra subsídios ao etanol

Corte de subsídio e de imposto sobre importação ainda aguarda posição da Câmara e sanção de Obama; São Martinho subiu 8,8%

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SÃO PAULO – As ações da Cosan (CSAN3) subiram 1,83% nesta sexta-feira (17), terminando cotadas a R$ 24,54, após o Senado norte-americano ter aprovado na noite anterior uma emenda que elimina subsídios e a elevada tarifa de importação do etanol.

No intraday, os papéis da companhia brasleira registraram 2,24%, quando eram negociadas a R$ 24,64 – eventualmente perderam força. Outra empresa do setor sucroalcooleiro, a São Martinho (SMTO3), viu suas ações dispararem 8,75%, amenizando parte das perdas acumuladas na semana – mesmo com essa alta, os ativos recuaram 2,95% na semana. Já os papéis da Tereos (TERI3) fecharam com queda de 0,67%, indo para R$ 2,95.

“O que assistimos hoje é uma primeira e importante vitória, embora não possamos ainda afirmar que ganhamos a guerra. Não há dúvidas que se trata de um grande avanço em direção a um mercado mais livre para os biocombustíveis no mundo, particularmente o etanol produzido a partir de cana de açúcar,” avalia Marcos Jank, presidente de Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar).

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Apesar da aprovação pelos senadores, a emenda ainda aguarda da aprovação da Câmara dos Representantes e a sanção do presidente Barack Obama para se tornar lei.

Dilma: decisão mostra avanço dos EUA
Essa decisão foi considerada um avanço pela presidente brasileira Dilma Rousseff, mesmo sem ter tido um efeito imediato sobre as exportações brasileiras. 

“É um avanço porque, pela primeira vez, aparece claramente uma posição que reconhece que há incentivos, subsídios, um protecionismo excessivo”, disse a presidente, de acordo com a Agência Brasil. “Não posso dizer qual a eficácia disso, mas tem um fator simbólico importante”, completou. 

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Competitividade
A partir daí os EUA deverão economizar US$ 6 bilhões por ano com a eliminação do subsídio concedido para a mistura de etanol de milho à gasolina (US$ 0,45 por galão) e a tarifa de US$ 0,54 por galão imposta sobre o etanol importado, o que equivale a US$ 0,14 por litro e afeta diretamente a competitividade do etanol brasileiro.