“Acho difícil Dilma concluir seu mandato”, diz José Serra

Por outro lado, ele disse que "não se luta pelo impeachment" e disse não ver "comprovadamente" nenhum fato que justifique o impedimento de Dilma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao programa Roda Viva, na última segunda-feira (17), o senador José Serra (PSDB-SP) fez críticas ao governo e à política econômica e disse considerar pouco provável que a presidente Dilma Rousseff consiga concluir o seu mandato até 2018: “acho difícil”, respondeu.

Por outro lado, ele disse que “não se luta pelo impeachment” e disse não ver “comprovadamente” nenhum fato que justifique o impedimento de Dilma. 

O senador avaliou ainda que qualquer saída para afastar Dilma seria traumática. “Única saída não traumática seria a renúncia, mesmo assim seria traumático”, emendou. “A situação do Brasil é difícil. Repito, se a Dilma deixar o cargo, quem assumir vai comer o pão que o diabo amassou, o estrago atualmente é enorme.”

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“O País está o tempo inteiro falando no assunto (impeachment), o governo tem uma rejeição muito alta, cria um clima como se fosse a única questão nacional”.

O tucano também fez muitas críticas à política econômica do governo. Segundo ele, “o ajuste do governo desajusta a economia” e criticou a alta de juros em um momento de economia fragilizada. “O governo Dilma fez tanta bobagem que você não precisa colocar mais. Tem inflação de bobagens endógenas”.

Segundo o senador, se Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas eleições do ano passado, tivesse sido eleito, o cenário ainda seria de grandes dificuldades.  “A gente cresceria esse ano? Provavelmente não, mas você acenaria com uma credibilidade para o longo prazo.”

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Para Serra, também não houve, no primeiro mandato do governo Dilma, a criação da “nova matriz econômica”, baseada em pilares desenvolvimentistas.  “Nunca houve nova matriz, houve um desnorteamento. Isso só facilita o discurso, mas não é verdadeiro” 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.