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Mohamed El-Erian: o economista que, quando fala, Wall Street sempre escuta

Presidente do Queens' College, da Universidade de Cambridge, e assessor econômico chefe da Allianz, o americano é conhecido pelas opiniões arrojadas (e certeiras) sobre o futuro da economia global

Nome completoMohamed Aly El-Erian
Data de nascimento:19 de agosto de 1958
Local de nascimento:Nova York, EUA
Formação:Doutor em Economia
Cargos de destaque:Ex-CEO da Pimco; assessor econômico chefe da Allianz; presidente do Queens’ College, em Cambridge

Executivo norte-americano de origem egípcia é destaque constante na imprensa. De 2007 a 2014, ele foi CEO da gestora gigante Pimco. Hoje dirige o Queens’ College, de Cambridge, faculdade na qual se formou.

Quem é Mohamed El-Erian?

Mohamed El-Erian é um economista e executivo norte-americano. Ele ocupa o cargo de presidente do Queens’ College, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Também é assessor econômico chefe da seguradora alemã Allianz e presidente do conselho da gestora norte-americana Gramercy Funds Management. Colaborador de veículos de imprensa como a Bloomberg e o jornal britânico Financial Times, El-Erian integra ainda diversos conselhos de empresas e organizações sem fins lucrativos.

El-Erian é um dos economistas mais conhecidos da atualidade. Além dos artigos que escreve, é fonte recorrente de entrevistas, dá palestras e opina sobre mercado financeiro e temas econômicos internacionais. De 2007 a 2014, ele foi CEO e co-executivo chefe de Investimentos da gestora multinacional Pimco, sigla para Pacific Investment Management Company, que tem cerca de US$ 2,2 trilhões em ativos sob administração.

É creditada a ele a autoria do conceito de “novo normal” para descrever as expectativas de desempenho das economias de países desenvolvidos depois da crise financeira internacional de 2008.

Vida nômade

Mohamed Aly El-Erian nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, em 19 de agosto de 1958. Filho de pais egípcios, ele passou a infância e a adolescência nos EUA, Egito, França e Reino Unido, e fala inglês, francês, árabe e espanhol.

Seu pai, Abdullah, era diplomata, trabalhou nas Nações Unidas em Nova York, foi embaixador na França e na Suíça, e juiz da Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda.

Em 1977, El-Erian recebeu uma bolsa para estudar economia no Queens’ College, curso que hoje dirige. Ele se formou com honras como primeiro da classe. Em entrevista ao jornal The National, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, ele lembra que, na juventude, teve que lidar com o racismo estrutural da Inglaterra dos anos 1970.

Antes da faculdade, estudou no St. John’s, Leatherhead, um colégio interno para meninos, próximo a Londres. Foi um dos dois únicos alunos de sua turma aceitos em “Oxbridge”, termo que designa as duas mais prestigiosas universidades do Reino Unido, Oxford e Cambridge.

Seu nome, no entanto, não foi citado pelo diretor do colégio no encerramento do ano, nem seu feito ficou registrado, ao contrário do que ocorreu com o colega que obteve o mesmo sucesso.

A dificuldade em conseguir reconhecimento iria persegui-lo também na faculdade. Isso, em suas próprias palavras, serviria como “um indicativo do racismo institucional que ainda estava presente na época” na Inglaterra.

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FMI

El-Erian concluiu o curso de Economia em 1980. Depois, fez mestrado e doutorado na mesma área, só que em Oxford. Em 1983, ao deixar a universidade, foi trabalhar no Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, onde permaneceu 15 anos e ocupou diversos cargos, incluindo o de diretor adjunto.

Em 2019, o economista chegou a ser cotado para substituir Christine Lagarde como diretor-gerente do FMI, quando ela foi indicada para presidir o Banco Central Europeu.

A carreira no FMI, no entanto, não era sua intenção original. “Minha intenção era ser um acadêmico”, afirmou ele ao The National. Seu pai morreu após sofrer ataque cardíaco em 1981, aos 60 anos, e El-Erian se viu obrigado a procurar um emprego que pagasse mais do que o de professor, para ajudar sua “mãe incrível” a sustentar sua irmã, então com sete anos.

“O FMI acabou sendo uma experiência excepcional, que me expôs a temas extraordinários de política econômica e financeira numa idade relativamente jovem”, diz o economista.

Em 1998, El-Erian deixou o Fundo e foi trabalhar em Londres como diretor responsável por Mercados Emergentes do banco de investimentos Salomon Smith Barney, posteriormente comprado pelo Citigroup.

Em 1999, ele entrou para a Pimco, onde se tornaria famoso, também como diretor gerente responsável por Mercados Emergentes. Em 2001, o executivo foi responsável por se desfazer de todos os títulos que a empresa tinha da Argentina antes de o país dar o calote de sua dívida pública.

O economista permaneceu neste cargo até 2006, quando foi contratado como CEO e presidente da Harvard Management Company, empresa que administra as doações recebidas pela universidade norte-americana.

No topo

Em 2007, voltou à Pimco, desta vez como CEO e co-executivo chefe de Investimentos. Nesta época, ficou conhecida a frase: “Quando El-Erian fala, Wall Street escuta”. Sob sua gestão, os ativos administrados pela Pimco dobraram de US$ 1 trilhão para US$ 2 trilhões.

Por quatro anos consecutivos, o economista esteve na lista dos “100 maiores pensadores globais” da revista Foreign Policy.

El-Erian deixou a Pimco em 2014, dizendo que havia recebido um bilhete da filha, então com 10 anos, listando 22 atividades da vida dela que ele havia perdido por causa do trabalho.

“Isso sim foi ouvir um despertador”, declarou ele, segundo a revista Time. “Eu fiz uma promessa de passar mais tempo com minha filha e estou cumprindo”, declarou o economista ao Financial Times em 2016.

Outra versão para saída afirma que El-Erian se desentendeu com o co-fundador da empresa, Bill Gross, que também deixaria a Pimco alguns meses depois.

Ainda em 2014, o executivo assumiu o cargo de assessor econômico chefe da Allianz. Vale ressaltar que a Pimco pertence à seguradora alemã.

De 2012 a 2017, El-Erian também presidiu o Conselho de Desenvolvimento Global do então presidente dos EUA, Barack Obama.

O economista é autor de dois best-sellers, “Mercados em Colisão” (ed. Ediouro), de 2008, e “The Only Game in Town: Central Banks, Instability and Avoiding the Next Collapse” (“A única solução: bancos centrais, instabilidade e como evitar o próximo colapso”, em edição portuguesa), de 2016. O primeiro ganhou o prêmio Financial Times & Goldman Sachs de Livro de Negócios do Ano em 2008.

El-Erian é torcedor dos New York Jets, time de futebol americano, e bastante ativo nas redes sociais. Sua cadela Bosa é figura fácil em sua conta no Instagram.

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