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Dispositivo que ajuda crianças a superar disfunção urinária gera empresa de US$ 25 mi

Solução elaborada pelo urologista brasileiro Ubirajara Barroso Jr. conta com apoio de pesquisadores de importantes universidades dos Estados Unidos

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Batizado de Soluu, o aparelho tem como objetivo ajudar as crianças a identificar o momento em que acontecem os escapes durante a noite

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Hoje, cerca de 10% das crianças e adolescentes – entre 5 e 17 anos – acordam à noite com a cama molhada. O problema se traduz em um desafio para os pais e reflete na perda de autoestima e dificuldade de sociabilidade, especialmente entre os pequenos. Diante do cenário, o urologista Ubirajara Barroso Junior, que atende em Salvador (BA) e São Paulo (SP), dedicou 12 anos de pesquisa e testes para desenvolver um dispositivo que ajudasse a conter o problema.

Com eficácia de 85% em estudos iniciais, o aparelho se destaca frente aos tratamentos convencionais, que entregam eficiência entre 30% a 40%. Não por acaso, a solução atraiu investidores, brasileiros e estrangeiros, e deu origem à Global Continence, empresa de capital híbrido, com sede nos Estados Unidos, avaliada em US$ 25 milhões. Para o desenvolvimento final do protótipo, foi essencial a parceria com o urologista Andrew Kirsch, Chefe do serviço de urologia da Emory University em Atlanta e Cofundador da Global Continence.

“Contamos com a ajuda no board científico de nossa empresa de pesquisadores de importantes universidades americanas como a Baylor, Duke, Vanderbilt, UPenn, UCLA e estrangeiras com a de Upsala (Suécia) e Ghent (Bélgica), Imperial College (Londres), Juntendo (Japão), além da Escola Bahiana de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil. Temos patentes nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil”, diz Ubirajara Barroso Junior, urologista e idealizador do projeto.

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Dinâmica do aparelho

Batizado de Soluu, o aparelho tem como objetivo ajudar as crianças a identificar o momento em que acontecem os escapes durante a noite. Para isso, Barroso Junior desenvolveu um dispositivo ligado ao forro da calcinha, ou da cueca, que conta com um sensor de umidade.

“Quando as primeiras gotas de urina são liberadas, o dispositivo emite uma vibração e/ou gera um sinal de alerta no aplicativo instalado no celular dos pais, o que desperta a criança. O aparelho também tem eletrodos que promovem uma contração do assoalho pélvico e incentivam o fechamento do esfíncter da uretra, impedindo a liberação da urina. Trata-se de um processo indolor”, diz Barroso Junior.

Etapas de desenvolvimento

O primeiro modelo do dispositivo nasceu em 2011 na garagem do urologista, que contou com a ajuda de um técnico em mecatrônica para materializar a ideia. Ainda na gaveta, o projeto foi compartilhado com colegas que acreditaram no seu potencial. A notícia se espalhou, e uma empresa canadense financiou a primeira leva de protótipos testados no Brasil e na Bélgica.

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Depois de mais uma etapa de aperfeiçoamento, o segundo conjunto de protótipos foi desenvolvido em 2018 com o financiamento coletivo de urologistas brasileiros e americanos que apostaram na iniciativa. “Captamos US$ 1,8 milhão no Brasil e nos Estados Unidos, entre investidores e prêmios, o que nos permitiu seguir com as pesquisas”, conta Barroso Junior.

O dispositivo angariou a premiação de “melhor equipamento de urologia” pela American Academy of Pediatrics, se destacou como “aparelho médico para crianças” no concurso realizado pelo Children’s Hospital of Philadelphia, ganhou o concurso do Southwest National Pediatric Device Innovation Consortium e foi finalista da American Urological Association Nexus Innovation.

Mesmo diante do reconhecimento, ainda faltava aperfeiçoar o aparelho com um sensor de umidade assertivo. Foi em uma conversa informal, durante um seminário, que Barroso Junior identificou a oportunidade de testar o sensor desenvolvido pelo agora sócio, Andrew Kirsch, para outra finalidade. Assim o equipamento alcançou o seu desenho final.

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“Hoje, contamos com uma empresa brasileira para fazer a parte de design, e com parceiros norte-americanos para desenvolver e atualizar o aplicativo”, diz o urologista. Em fase de testes, o aparelho deve começar a ser produzido em série em 2025.

Apoio da XP

A desenvoltura com que Barroso Junior lida com as questões da profissão não se replica com temas financeiros. “Depois de anos tentando me organizar, cheguei no limite com o cuidado com as finanças pessoais, e entendi que precisava de ajuda. Foi quando busquei auxílio na XP, empresa que confio toda a minha vida financeira”, diz Barroso Junior.

A busca por uma organização assertiva das finanças pessoais reflete também uma preparação para lidar com os desdobramentos da empresa que está construindo. “A expectativa é que a nossa companhia ganhe escala global e comece a distribuir proventos. Neste momento, a XP vai me ajudar não só com a parte financeira, mas também com os negócios”, afirma o urologista.

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Como assessor de investimentos da XP que atende o médico, Alive Purificação enxerga o cliente como uma referência. “Queremos contribuir com o desenvolvimento dessa iniciativa, que tem muito a contribuir com a sociedade, apresentando startups do nosso ecossistema que podem ser potenciais parceiras da Global Continence”, diz o assessor.

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