Três segredos do movimento do Vale do Silício para o Brasil

Aproximação das Universidades e da comunidade de TI com as startups e o fenômeno chamado Corporate Venture impulsionam um mercado cada vez mais colaborativo

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No Brasil, o cenário de crise impulsionou iniciativas envolvendo novos negócios, sejam apenas ideias, criação de novas startups, aceleradoras ou, ainda, investidores de olho nas pequenas pelo potencial de criarem projetos inovadores e se tornarem grandes conglomerados, impulsionando o chamado Corporate Venture.

Segundo Allan Pires, CEO da consultoria PA Latinoamericana e da multinacional dinamarquesa Targit, os Estados de Goiás, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais são exemplos de que o Brasil está próximo de algo semelhante ao movimento do Vale do Silício por conta de três fatores decisivos:

1. Conhecimento acadêmico – A região do Vale do Silício possui diversas excelentes Universidades, como é o caso da Stanford University, uma das instituições de pesquisa de ensino mais prestigiadas globalmente. O local é cercado por alunos e docentes, que impulsionam a troca de conhecimento constante, gerando grandes ideias. A busca por apoio de uma base forte acadêmica/ conhecimento é tão importante para uma empresa tradicional quanto para as que estão começando agora. Exemplo clássico desse movimento foi a aproximação entre a comunidade de TI e o governo estadual de Goiânia, auxiliando no desenvolvimento de startups, principalmente em termos de financiamento e pesquisa. Outros exemplos de regiões: Santa Rita do Sapucaí e Santa Catarina;

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2. Investidores dispostos a correr o risco – As empresas compradoras de tecnologia estão cada vez mais próximas das startups. Exemplo disso é o movimento do Corporate Venture, que traz a proposta de investimento das grandes corporações em negócios nascentes e isolados e que, futuramente, podem ser incorporados aos próprios negócios do grupo empresarial, visando o lucro futuro. No Brasil, já é possível identificar a criação de novas unidades de negócio em empresas já existentes;

3. Alianças corporativas – Apesar de a cultura ser recente em relação à criação de uma rede de alianças, é essencial possuir uma base apoiadora, seja ela da área acadêmica ou mercadológica. Saber identificar potenciais investidores e ofertar a estas pessoas participação societária como forma de inventivo é uma forma de crescer. Atualmente, startups bem-sucedidas ou em crescente expansão possuem aliados.

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