Simpósio SAE BRASIL CarBody 2016 mostra preocupação das montadoras em aumentar a segurança das células de sobrevivência dos carros

Evento reuniu Fiat, Ford, Honda, GM, PSA, Mercedes-Benz e Volkswagen para debater conceitos, tecnologias e matérias-primas utilizadas para melhorar a proteção de motoristas e passageiros.

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“A terceira edição do Simpósio SAE BRASIL CarBody 2016 mostrou que as montadoras estão realmente preocupadas em produzir carros mais seguros para os brasileiros.” A opinião é de Jesse Paegle, chairperson do evento realizado em São Paulo esta semana. O encontro reuniu, pela primeira vez na história da indústria automobilística nacional, sete montadoras – Fiat, Ford, Honda, Volkswagen, Mercedes-Benz, PSA e Ford – que mostraram as novas tecnologias e matérias-primas utilizadas para ampliar a proteção dos ocupantes das células de sobrevivência.
O Fiat Toro foi o modelo escolhido pelos engenheiros da montadora para apresentar o que a marca vem fazendo. Helvio Marcelo França, Project Responsible de Carroceria, e Fabiano Soares, gerente de Engenharia, explicaram que o carro foi projetado para oferecer aos consumidores nível cinco estrelas de segurança na carroçaria – frontal, lateral e traseira -, com alto valor de rigidez dinâmica. França ressaltou que, embora o investimento da Fiat na proteção dos passageiros seja prioritário, reconhece que “o brasileiro, ao contrário de europeus e americanos, ainda não compra veículos considerando o quanto está ou não seguro ao dirigi-lo”. Ambos aproveitaram o evento para destacar a nova abertura da porta traseira da caçamba do Fiat Toro, que facilita o acesso ao vão de carga e é uma exclusividade da marca.

André Ramos, Body and Exterior Group Manager da Honda, compartilhou com os cerca de 200 participantes – entre representantes das montadoras e fornecedores desta indústria – os novos materiais na carroçaria do esportivo Honda HR-V. “A utilização de aços de alta resistência foi uma novidade que implementamos para oferecer ao veículo mais segurança”, explicou. O Honda HR-V também tem boa performance em vários outros importantes quesitos, como sistemas de suspenção, pneus, ruídos e vibração, além do design e a tecnologia interna. Marcos Teruo Ide, supervisor de Produção Solda, apresentou a planta da montadora da Honda Automóveis, localizada no município de Sumaré, em São Paulo.

Pedro Almeida, gerente de Desenvolvimento da Volkswagen, apresentou as novidades do Golf VII, enfatizando que uma importante estratégia da montadora foi o desenvolvimento de uma célula de sobrevivência mais leve para esta última geração do carro, com aços de alta resistência e peças estampadas a quente com redução de espessuras. “Trabalhamos para reduzir cerca de 100 kg no peso do novo Golf VII. A diminuição ocorreu na carroçaria, acabamento, chassis, motor e câmbio”, disse. Ainda sobre a questão segurança, Almeida destacou o avançado controle eletrônico de estabilidade e os airbags laterais.

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Outra montadora que conseguiu diminuir o peso do carro foi a Mercedes-Benz, com a nova geração dos compactos Classe C, que têm 41 kg a menos que a versão anterior. Em sua apresentação no Simpósio, André Pires, analista de Marketing e Produto, ressaltou que “isso torna o carro muito mais seguro e econômico”. Já Mauro Paraíso, Metallic Materials Manager, explicou que “a substituição do aço por alumínio permite o aumento na segurança do condutor em caso de grande impacto do veículo”. Christoph Rentsch, manager Bordyshop, além de informar como a montadora seleciona os materiais para a carroçaria, também apresentou a planta da nova fábrica da Mercedes Benz do Brasil, localizada em Iracemápolis (SP).

Clistian de Paiva Irineu, coordenador de Produto e de Engenharia de Materiais da Citroën, mostrou as implementações de segurança do Peugeot 208 , entre as quais uma solução técnica adicionada ao paralama. “Este modelo está melhor preparado para enfrentar colisões frontais por conta dessa peça, que contribui para melhor absorção e distribuição da energia do impacto, poupando, dessa forma, os passageiros”, explicou. Já Thomas Beuagrand, coordenador de Grupo de Produto e responsável por Acústica, Segurança e Carroceria da montadora, lembrou que a marca mantém um programa em parceria com o corpo de bombeiros, para prepará-los sobre os cuidados com o desmonte e corte da carroçaria do Peugeot 208, em caso de acidentes. Eles também destacaram o uso de solda laser no teto do carro.

Os dispositivos tecnológicos do Chevrolet Cruze foram o tema da apresentação de Fabio Baccan, Body Engineer da GM. Concebidos para colaborar com a segurança do condutor, são sistemas de orientação para alinhamento do carro em estradas, de identificação de veículos em ultrapassagem, GPS por meio de setas na tela do computador de bordo, assistente de partida em rampa, monitoramento da pressão dos pneus, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro. Somam-se a esses itens o OnStar, que oferece serviços de emergência e informações sobre tráfego. “Todos esses itens foram implementados para garantir conforto e segurança quando o veículo estiver em movimento”, garantiu Baccan, ressaltando que este modelo atende todos os níveis de segurança, em conformidade com veículos produzidos internacionalmente.

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Luiz Zamorano, gerente de Carroceria e CAE Safety da Ford, foi bastante incisivo ao dizer que, para a segurança do novo Ford KA, “foram aplicados aços de alta resistência em áreas específicas da carroçaria, possibilitando melhor gerenciamento da energia causado pelo impacto da colisão, protegendo, dessa forma, os passageiros”. Segundo Zamorano, os engenheiros da Ford desenvolveram uma estrutura frontal para o modelo que redireciona melhor o impacto de uma colisão. “Todos esses elementos foram cuidadosamente desenvolvidos em simulação de supercomputadores”, lembrou. Ele aproveitou também para discorrer sobre a avaliação da Latin ANCAP em relação ao sistema de air bag do veículo, que atingiu nota 4 numa escala de 5.

Sobre a SAE Brasil
A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos que congrega engenheiros, técnicos e executivos unidos pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial. A SAE BRASIL foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrir as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então a SAE BRASIL tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 6 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia da mobilidade do País.
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