Revendedor de TI está cada vez mais autônomo e sem loja física

Empresas sem ponto de venda físico já chegam a 57,6%, enquanto as que contam com apenas um profissional equivalem a 28,7%, aponta estudo da Abradisti

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Autônomo, sem loja nem funcionários. A cada ano aumenta o número de revendedores de TI com esse perfil, aponta a 6ª Pesquisa Inédita Setorial dos Distribuidores de TI e o 5º Censo de Revendas da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti), encomendado junto ao IT Data, uma das principais consultorias de análise de mercado em tecnologia do país.

O levantamento realizado junto a mais de 1,8 mil revendas em todas as regiões do país durante o ano de 2015 mostra que as empresas com apenas um profissional, ou seja, o proprietário, representam 28,7% dos entrevistados, contra 25% em 2014. “Este é um forte indício de que o revendedor de produtos de TI se tornou um consultor que não possui loja, apenas um escritório comercial ou atua em home office”, afirma Mariano Gordinho, diretor executivo da Abradisti.

A participação dos empreendedores individuais somada às empresas que contam com 2 a 3 colaboradores representa mais da metade da amostra, com 51,4%. As revendas com mais de 20 colaboradores equivalem a uma parcela de apenas 9,5% de participação de um mercado estimado em mais de 30 mil comerciantes.

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Outra tendência que vem se consolidando é a ausência de loja física. Fatores como a crise econômica e altos valores de aluguel aumentaram o número de revendas sem um estabelecimento comercial de 52% em 2014 para 57,6% no último ano. Desses, 36,5% trabalham em um escritório e 21,1% afirmam adotar o modelo home-office.

“A operação dessas empresas está mais na prestação de serviços e menos focada na venda de produtos, que geralmente acontece sob encomenda ou pela internet”, explica Gordinho. Vale ressaltar que a receita proveniente dos serviços já representa 40,5% na média nacional. Já a venda de hardware caiu de 31,4% para 26,9%.

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