Pesquisa sobre preferência dos brasileiros sobre marcas, comentado pelo CEO da Mullen Lowe Brasil

Pesquisa feita com mais de 30 mil pessoas sobre a origem das marcas mostra que consumidores de diversos países, embora achem que comprar de empresas nacionais seja bom para a economia local, preferem adquirir produtos de companhias internacionais de acordo com uma série de detalhes, categorias e diferentes porcentagens

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Publicidade

A disputa entre companhias internacionais e empresas locais pela preferência dos consumidores está presente em todos os lugares do mundo. Por isso, a Nielsen, que é especialista em pesquisas de mercado, fez um estudo global sobre a Origem das Marcas. O levantamento teve como intuito identificar se os consumidores de diversas nacionalidades dão preferência aos produtos e/ou serviços das empresas locais, originárias daquele determinado país, ou valorizam mais as marcas internacionais, que são aquelas que atuam em diferentes lugares ao redor do mundo.

O empresário José Borghi, CEO da Mullen Lowe Brasil, antiga Borghi Lowe, comenta que a Nielsen chegou a diversas conclusões sobre o assunto após analisar as respostas de mais de 30.000 pessoas de 61 países que foram entrevistadas pela internet, sendo que a pesquisa foi dividida em 40 categorias.

Em relação exclusivamente aos brasileiros, o estudo concluiu que quando estão em questão aspectos como a inovação e a qualidade, a tendência é que a preferência seja dada aos produtos de marcas globais, mesmo quando os preços são maiores.
Em contrapartida, mais de 60% das pessoas que participaram do estudo acham que comprar produtos de empresas locais fortalece as marcas internas e, consequentemente, a economia do país, ressalta o publicitário da Mullen Lowe Brasil.

Continua depois da publicidade

Apesar disso, é bastante pequena a parcela de pessoas que consideram que as companhias do seu mercado oferecem produtos e serviços que estejam em consonância com as preferências e as necessidades dos consumidores locais. José Borghi destaca que, segundo a pesquisa, os brasileiros consideram fatores como os benefícios oferecidos, a variedade de opções e o preço, tão relevantes quanto à origem da empresa.

Os bens duráveis, especialmente produtos tecnológicos, e os produtos de cuidado pessoal de companhias internacionais são os que mais estão na preferência dos brasileiros e dos latinos de um modo geral, reporta o executivo da antiga Borghi Lowe. Em porcentagens, os computadores e laptops de empresas globais são escolhidos por 73% dos brasileiros, câmeras e equipamentos de vídeo 63%, e celulares e televisões 73%. Já pastas de dente, shampoos e condicionadores, que se encaixam na categoria de produtos de cuidado pessoal, representam 58% da preferência dos brasileiros por marcas globais.

Quando o assunto é a alimentação, os consumidores do Brasil escolhem alguns produtos nacionais em maior porcentagem, comenta o publicitário da Mullen Lowe Brasil. Sendo que as frutas e os vegetais lideram com 64% e 63%, respectivamente. A carne, com 58%, e o leite, que representa 52%, aparecem em seguida.

Continua depois da publicidade

Contudo, vale destacar que mesmo com essas variações, o preço é o primeiro aspecto que os consumidores analisam, independentemente da compra ser de uma marca local ou global. Já o fator que aparece em segundo lugar em relevância para que a compra seja feita em uma empresa nacional é a promoção, com 37%, sendo que esse número sobe para 41% em relação a companhias internacionais, que têm na experiência prévia com o produto o seu segundo aspecto mais importante, destaca o empresário da Mullen Lowe Brasil.

Em referência às compras on-line, José Borghi ressalta que os brasileiros dão preferência para as empresas internacionais quando buscam celulares e computadores e laptops, com 67% e 61%, respectivamente. Já os produtos de marcas nacionais que mais são procurados pela internet são roupas e calçados, com 41%, comidas e bebidas, que representam 40%, e produtos de limpeza e beleza, com aproximadamente 30%.

Para finalizar, o executivo da Mullen Lowe Brasil destaca que quando são confrontadas as compra nas lojas físicas com as feitas pela internet, a segunda opção, tanto para compras locais como para internacionais, tem 66% da preferência de acordo com o melhor preço, 60% pela conveniência, 32% segundo a disponibilidade do produto, 27% pela variedade e 22% pela qualidade.

Tópicos relacionados