Pesquisa sobre Incentivos de Longo Prazo no Brasil

Temos acompanhado a evolução do tema ILP (Incentivos de Longo Prazo) no Brasil desde 2011 e, pelo terceiro ano consecutivo, publicamos uma pesquisa sobre as principais práticas gerenciais e contábeis encontradas nacionalmente.

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Temos acompanhado a evolução do tema ILP (Incentivos de Longo Prazo) no Brasil desde 2011 e, pelo terceiro ano consecutivo, publicamos uma pesquisa sobre as principais práticas gerenciais e contábeis encontradas nacionalmente.

É curioso notar que, mesmo com os desafios econômicos do Brasil e também com a incerteza do ponto de vista tributário e previdenciário (veja nosso post sobre o Projeto de Lei que visa regulamentar esse ponto) , mais empresas têm criado Planos de ILP.

Nesse contexto de incerteza legal, notamos um crescimento no número de empresas que passaram a utilizar o conceito de matching[1] (contrapartida) para outorgar novos planos. Além disso, algumas empresas passaram a oferecer planos de Ações Restritas (Restricted Shares) no lugar das tradicionais opções de compra de ações (Employee Stock Options). Isso porque, como o beneficiário já investia algum valor para ingressar no Plano, algumas empresas acharam desnecessário cobrar o preço de exercício no momento do resgate.

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Outro movimento interessante que temos visto é o de empresas de capital fechado, especialmente empresas de rápido crescimento que recebem aportes de investimento de fundos de venture capital, que passaram a outorgar Planos de ILP. Isso muitas vezes é uma exigência dos investidores, que querem garantir a permanência e o compromisso dos executivos/empreendedores com o resultado futuro da Companhia investida.

Na nossa troca de experiência com clientes do Options Report , parcerias em serviços de consultoria e treinamentos, temos visto constante desafios em relação a tópicos como:

– Como tratar os Planos de ILP em cenários em que há de queda do valor das ações (o que tem acontecido para várias empresas);
– Como reduzir o impacto contábil / financeiro do ILP nos resultados e balanço da companhia (dentro do contexto da IFRS 2 & CPC10);
– Como acompanhar a diluição potencial dos acionistas;
– Quais os riscos trabalhistas e qual o impacto tributário para os beneficiários e companhias;
– Qual o múltiplo de Matching mais apropriado para ser utilizado;

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Assim como as pesquisas de 2014 e 2015, essa pesquisa tem o objetivo de:

– Apontar maiores desafios das empresas na gestão de ILP;
– Compartilhar melhores práticas de gestão de ILP;
– Oferecer um panorama geral sobre desenhos de planos utilizados por empresas.

Destacamos que a pesquisa considera as informações obtidas com as 25 empresas participantes (20 dessas listadas na BM&F Bovespa) de, além de informações públicas disponíveis em documentos disponibilizados por empresas que aplicam ILP (por exemplo, Demonstrativos de Resultados e Formulários de Referência).

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Quando a empresa utiliza o conceito de matching, a outorga da ações ou opções do ILP é feita mediante algum investimento (geralmente, uma parcela do Bônus) dos elegíveis. Assim, a empresa oferece uma determinada quantidade de ativos de ILP proporcional ao investimento realizado. A inclusão do conceito de matching, garante 3 aspectos importantes ao ILP para que ele não seja caracterizado como remuneração: (i) opcionalidade; (ii) onerosidade; e (iii) risco.

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Website: http://pris.com.br/ilp

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