Mercado do petróleo: veja os principais acontecimentos do mês de junho

A movimentação do mercado no início do mês provocou reações positivas no preço do petróleo. Entretanto, a segunda metade de junho demonstrou uma mudança considerável na cotação da commodity.

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O início do mês de junho trouxe boas notícias para a indústria petrolífera. O petróleo, uma das commodities mais visadas por investidores, teve seus preços afetados por diversos fatos internacionais. O período começou sob um cenário de bastante positividade, mas o mês demonstra que seu fechamento poderá ser bem diferente.

Na primeira quinzena, as notícias colaboraram para a valorização do produto. O preço da commodity chegou a US$ 50,00, a maior cotação do ano até agora. A alta no valor do barril de petróleo foi provocada pela queda na oferta do produto. Também houve aumento da demanda de economias em desenvolvimento, contribuindo ainda mais para o crescimento expressivo do valor do barril.

Segundo o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), há uma ampla demanda dos mercados asiáticos por petróleo. A China, uma das maiores economias do mundo, é um dos países responsáveis pelo crescimento. Os chineses demonstram um aumento de cerca de 340 mil barris diários em comparação ao ano passado. Outro país emergente, a Índia, também aparece como um dos principais compradores.

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Baixas reservas americanas

Outro fator que influenciou a negociação dos preços do petróleo foi um documento emitido pelo American Petroleum Institute (API) com relação aos estoques norte-americanos. Fundada em 1919, a organização abrange produtores, refinarias e transportadoras de petróleo e gás natural. Apesar de ter sido criada para tratar interesses do mercado interno, com o passar dos anos a importância da API no setor ganhou amplitude global.

Por isso mesmo, o mercado financeiro aguardava o parecer do órgão sobre a situação americana. O relatório divulgado reconhece a significativa queda nas reservas de petróleo dos Estados Unidos. Os investidores já previam esse momento e o aumento do preço do barril foi inevitável após a confirmação dos dados.

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Acontecimentos internos

No mercado brasileiro, o petróleo também teve destaque em junho. Um dos motivos foi a posse do novo presidente da Petrobras, Pedro Parente. Suas primeiras declarações já chamaram a atenção do mercado: o novo líder da estatal sinalizou que tem intenção de finalizar o quanto antes a venda da Transpetro.

A nomeação de Parente, que continua como presidente do Conselho de Administração da Bovespa , foi bem recebida pelos investidores do setor. Seu posicionamento favorável às mudanças na lei que regula a exploração do pré-sal é uma das razões da positividade do mercado.

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Também no início do mês, a Petrobras anunciou novidades e chamou a atenção dos investidores em ações PETR4 . A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) foi comunicada pela estatal sobre a descoberta de indícios de óleo na maior área de pré-sal brasileira, o campo de Libra. Desde o início do ano, já foram quatro vezes em que a petrolífera comunicou a agência reguladora sobre novos indícios na área de Libra.

Mudança de cenário

Apesar da tendência de alta na primeira quinzena, o fim do mês de junho vem demonstrando uma rápida mudança de contexto. Os preços do petróleo passaram a operar em queda. Outro importante acontecimento que deixou os investidores em alerta é o chamado Brexit. A expectativa pela votação do referendo pela saída do Reunido Unido da União Europeia causou receio e inquietude no mercado de ações.

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Com a confirmação da saída do Reino Unido do bloco europeu, o setor de commodities tem chances de sofrer retração nos próximos meses. A expectativa é de que a mudança afete principalmente o setor financeiro, mas também deve influenciar as negociações de commodities por causa da possibilidade de diminuição do crescimento global.

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