Liderança e motivação para construtoras, incorporadoras, escritórios de arquitetura e imobiliárias

Temos visto e vivido no Brasil um constante cenário de lamentações, reclamações, busca de culpados, busca de responsáveis e bodes expiatórios para a dita crise. Tem crise? Tem! Toda crise é uma rara oportunidade de mudar! Inclusive na indústria da construção civil!

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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Antes de tudo como sugestão aos donos de construtoras, incorporadoras, imobiliárias e escritórios de arquitetura, e seus gerentes, recomendo a compra, leitura e a conversa entre eles do livro “A estratégia do Oceano Azul” de Kim e Mauburgne, que retrata sobre dois tipos de oceanos hoje existentes no mercado:

Oceano vermelho: mares onde a concorrência é exacerbada / ondas perversas. É o caso da competição entre empresas do ramo da construção civil, com suas estruturas extremamente semelhantes e modelo de construção ainda “artesanal”. As empresas tentam bater seus competidores, buscando fatias cada vez maiores de mercado para seus produtos e serviços. Com a crescente entrada de competidores, as perspectivas de lucro e crescimento são reduzidas. Produtos se tornam commodities ou parte para posicionamento em nichos de mercado, e uma competição acirrada por espaços de mercado torna o oceano vermelho de sangue, ou, vermelho de prejuízos! Então temos a denominação de oceanos vermelhos.

Oceano azul: mares onde a concorrência é não relevante com ondas pró-ativas. A pedra angular da estratégia do oceano azul é a “inovação de valor”. Um oceano azul é criado quando uma organização alcança a inovação de valor que cria simultaneamente valor para o cliente e para a organização. A inovação (em gestão, produto, gente, serviço ou atendimento) deve criar e gerar valor para o mercado, enquanto simultaneamente reduz ou elimina itens ou serviços que criam pouco valor para os clientes do mercado existente, ou do mercado a ser desenvolvido (gestão de custo, buscando a eliminação do desperdício, padronizando procedimentos, ações, melhorando qualidade). Para esses gestores, a demanda está pronta para ser desenvolvida. Mudando aqui de conceito “construção artesanal” para a INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. A questão crucial do problema é descobrir como criá-la. Esse processo requer uma mudança de foco, da oferta para demanda, de um foco de competição para um na inovação de valor, que é a criação de novas maneiras de atender a uma nova demanda, que ainda não está suprida. E essa solução é alcançada por perseguir, simultaneamente, diferenciação e baixo custo. E atenção, baixo custo não significa em hipótese nenhuma produtos ou serviços ruins ou de última categoria. Vejam que têm construtoras buscando porcelanato do outro lado do mundo muito mais barato, mas com muito MELHOR QUALIDADE.

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Para uma empresa buscar a estratégia da diferenciação para o cliente externo (inovação de valor), tem que em primeiro lugar buscar a estratégia de diferenciação para o seu cliente interno (funcionário/colaborador em todos os níveis hierárquicos), pois são eles que fazem as estratégias acontecerem e são eles que fazem com que as estratégias não aconteçam!

1. De que maneira os donos de construtoras, incorporadoras, imobiliárias e escritórios de arquitetura podem motivar seus funcionários?
Primeiro, eles têm que ver a sua empresa como um negócio, e não apenas como uma empresinha de fundo de quintal, esta era já acabou, mas tem muito dono e gestor que ainda pensa E AGE assim;
Segundo, eles têm que ter um direcionamento estratégico, ou seja, saberem claramente para onde querem ir no futuro, isto dá a toda a empresa o rumo para o futuro;
Terceiro, conhecer o seu mercado como ninguém;
Quarto, ter um plano de ação (objetivos e metas) para cada uma das áreas das construtoras, incorporadoras, imobiliárias, escritórios de arquitetura e suas equipes a curto, médio e longo prazo: marketing, projetos, gestão de pessoas, contratos/jurídicos, administrativo, financeiro, estoque, compras, logística, contabilidade, matemática financeira, sustentabilidade, orçamentos e custos, obra, comunicação…
Valorizar a sua equipe (TODOS), e não é com dinheiro, mas sim ouvi-los, ter um claro processo de comunicação, ótimo relacionamento, valorização do trabalho deles, premiar quem merece (meritocracia), conversar que precisa de melhorias, buscar a melhoria contínua;
Buscar a profissionalização, formação e aperfeiçoamento do seu negócio e de toda sua equipe de forma constante.

2. As “táticas” de motivação devem ser diferentes para os diferentes cargos? Como, por exemplo, para um auxiliar de pedreiro ou para um gerente de obra?
Temos que deixar claro o que é Motivação, como a psicologia já diz: “Motivos que levam à Ação” com isso motivação não é dado em pílulas, mas através de ferramentas que possam ajudar o processo de autoconhecimento na busca que o motiva a estar lá trabalhando;
Cada ser humano tem diversos níveis de motivação (motivos que o levam à ação) e de expectativas de se automotivarem e de serem motivados, com isso é de fundamental importância conhecer cada tipo de “cliente interno”, pois cada um pode se motivar de formas diferenciadas; alguns com valorização pessoal e profissional, outros com prêmios, cursos e palestras, ou com dinheiro, e assim por diante. Quando se conhece como ninguém seu cliente interno é muito fácil identificar ações para dar ferramentas para eles se motivarem.

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3. Qual a importância da figura de um líder dentro da empresa?
O líder olha lá para frente e busca todas as ferramentas para que sua equipe o siga nesta direção do sucesso e resultados;
Um líder ouve;
Um líder se comunica;
Um líder trabalha em EQUIPE e não em EUquipe;
Um líder domina seu trabalho;
Um líder ajuda;
Um líder tem uma visão do posto como um todo, ou seja, uma visão sistêmica;
Um líder pensa e age estrategicamente.
Um líder tem foco no ser humano, pois gente é que faz acontecer.

4. Um líder depende de características pessoais ou a liderança pode ser aprendida?
A liderança é aprendida, pode ter profissionais que tenham mais habilidades que outros em algumas situações, mas ela é aprendida. Existe um mito que o líder nasce feito, ELE NÃO NASCE FEITO, ELE SE CONSTRÓI de acordo com o RAM CHARAM!

5. O líder pode ser uma influência positiva, que motiva os outros funcionários a atingirem suas metas?
Sem sombra de dúvida, inclusive pelo seu próprio exemplo, os funcionários o querem seguir!

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6. A motivação depende de uma boa liderança?
Sim e não! Sim, pois aqueles que querem se automotivar e aproveitam as ferramentas, vão crescer sempre, mas existe um tipo de funcionário que não quer nada mesmo (o famoso laranja podre), neste caso o líder tem que investir nele umas duas vezes, e na terceira tirá-lo da empresa, sem dó! Pois incompetência, falta de comprometimento E FALTA DE RESULTADOS prejudica.
Website: http://www.alexanderbaer.com.br/artigos/lideranca-e-motivacao-para-construtoras-incorporadoras-escritorios-de-arquitetura-e-imobiliarias/

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