Brasil sobe no Ranking de Logística, mas setor pede soluções

Em relação a 2014, país foi de 65º para 55º, mas não bate recorde histórico alcançado em 2010, quando ficou na 41ª posição

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Tecnologias e pesquisas direcionadas à área ajudam a perceber e solucionar gargalos que mantém país fora dos 50 mais desenvolvidos logisticamente no mundo

O Banco Mundial divulgou seu Ranking Mundial de Logística, em que 1,2 mil pessoas da área em mais de 140 países foram entrevistadas sobre temas como infraestrutura, procedimentos alfandegários, prazos de entrega e eficiência de rastreamentos, entre outros. Em 2016, o Brasil subiu 10 posições em relação à edição 2014 do ranking, de 65º para 55º – não retornando, porém, ao patamar que atingiu em 2010, quando ficou na 41ª posição.

“Trazer soluções tecnológicas que facilitem os processos logísticos faz parte do nosso objetivo. Apostamos nessa linha de atuação a fim de ajudar nossos clientes a economizarem tempo e, em médio prazo, o dinheiro investido”, ressalta Rodrigo Reis, sócio da Reis Office.

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A empresa, presente há 30 anos no mercado de impressão e, mais recentemente, com serviços de outsourcing e gerenciamento eletrônico de documentos, desenvolveu soluções próprias para auxiliar diferentes nichos – entre eles, o de transportes. “Contamos com uma tecnologia de reconhecimento de canhotos, que o motorista só precisa escanear (tirar uma foto) do canhoto assinado com um equipamento portátil (smartphone) para enviar as informações à central e também pode-se imprimir a nota a partir do próprio caminhão por meio de impressoras térmicas”, afirma Rodrigo.

Logística no comércio eletrônico

O e-commerce nacional, que depende 100% de uma logística eficiente, também se move a fim de rastrear causas – e possíveis soluções – para que o país consiga se desenvolver nesse sentido. A cada dois anos, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) realiza e divulga sua Pesquisa Logística no E-Commerce Brasileiro, onde compila observações e análises.

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Entre os dados da última edição, destacam-se a diminuição do uso de frotas próprias e do serviço dos Correios, além do aumento do uso de transportadoras privadas. Entretanto, na contramão do avanço tecnológico, o prazo médio de entrega de mercadorias adquiridas pela Internet aumento, em média, 35% nas principais capitais brasileiras.

“A logística é o grande gargalo no e-commerce brasileiro atualmente: os custos operacionais, a falta de mão de obra e infraestrutura precária contribuem para que tenhamos o baixo nível de serviço e preços caros. Há uma grande quantidade de lojas virtuais tentando se livrar da dependência dos correios, mas ainda o monopólio do estado não permite que empresas privadas sejam competitivas”, finaliza Maurício Salvador, presidente da ABComm.

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