Prejuízo não abala e Paranapanema espera expansão em 2013, diz presidente

Em entrevista ao Portal InfoMoney, companhia trabalha para concorrer com mercado competitivo por meio de inovação e construção de novas fábricas

Paula Barra

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SÃO PAULO – A Paranapanema (PMAM3) saiu de lucro para prejuízo de R$ 177 milhões no terceiro trimestre, na comparação anual, mas os executivos da empresa estimam por períodos melhores daqui para frente, diante da manutenção dos níveis de demanda de produtos de cobre no Brasil, taxas favoráveis de câmbio do real e redução dos incentivos fiscais que alguns estados vinham praticando.

“A companhia vive um momento de reestruturação, disse o presidente da companhia, Luiz Antônio Ferraz Junior, em entrevista ao Portal InfoMoney. Esta nova fase, adotada de “Nova Paranapanema”, tem como objetivo o fortalecimento da gestão e um programa de ampliação e modernização das fábricas, com investimentos estimados em R$ 1 bilhão até 2014.

“Estamos preparando um período de crescimento e criação de valor aos acionistas, diante de um mercado cada vez mais competitivo, com preenchimento do quadro de profissionais da companhia, uniformização dos procedimentos internos e aumento da produtividade”, disse o presidente.

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O processo de reestruturação baseia-se em focar no segmento de cobre, com aumento de investimentos para modernização da Paranapanema, que vão desde a ampliação da capacidade da produção de cobre refinado na unidade Dias D’Ávila, localizada na Bahia, devendo atingir 280 mil toneladas até ano que vem, até uma nova fábrica de tubos de cobre em Santo André, a ser inaugurada também em 2013.

Alta das ações está associado ao “bom momento econômico”
Em outubro, a companhia anunciou a venda de 100% da sua participação na Cibrafértil à empresa colombiana OFD Holding, que foi motivada pela falta de rentabilidade da companhia nos últimos anos e da necessidade de grandes investimentos para adequá-la aos mercados onde atua. Desde então, os papéis da empresa já subiram 34,34%, sendo cotados a R$ 3,56.

Ferraz Junior, no entanto, não atribui esse movimento à venda da Cibrafértil, já que representava apenas 2% do faturamento da companhia, mas sim à crença do mercado no projeto da empresa. “O papel vem apresentando uma evolução nos últimos quatro meses [alta de 55,46%], e não apenas desde outubro, e esse movimento sinaliza que os acionistas estão vendo a maturação de projetos da companhia e a mudança na política industrial do Brasil”, disse. 

A crença na guinada para cima da companhia está fundamentada em um “bom momento econômico”, com a manutenção do câmbio nos patamares atuais, lembrando que 90% das despesas da companhia é em real e 100% do faturamento em dólar.