XP reforça preferência por fundos de “papel” e cautela com segmentos de shoppings e lajes corporativas

Fundos de recebíveis representam 50% da carteira da corretora

Wellington Carvalho

(Shutterstock)

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Destaques de rentabilidade em 2021, os fundos imobiliários de “papel”, que investem em títulos de renda fixa, seguem no radar de analistas, como Maria Fernanda Violatti e Ronaldo Candiev, da XP, que reforçam recomendação neste tipo de FII. Apesar da recuperação em dezembro, os fundos de shopping e de lajes corporativas ainda são vistos com cautela.

No último relatório do ano, A XP aponta que a carteira recomendada de fundos imobiliários mantém maior alocação em FIIs com caráter defensivo, entre eles fundos de recebíveis e de imóveis logísticos.

Com bom rendimento e menor risco de perda de patrimônio, Maria Fernanda avalia que os fundos de “papel” são uma ótima alternativa para diversificação e mitigação de risco, principalmente em períodos de alta volatilidade do mercado.

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“Dado o cenário macroeconômico com perspectiva de inflação em patamares mais elevados no curto e médio prazo, continuamos vendo a relação de risco-retorno ainda atrativa nesse tipo de fundo”, afirma a analista da XP, que prefere os os fundos que estão atrelados ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em dezembro, os fundos de recebíveis tinham 50% de participação na carteira recomendada da XP, que obteve retorno próximo a 7%. O desempenho é semelhante ao do IFIX – índice que reúne os FIIs mais negociados na Bolsa – no período.

Com 20% de participação na carteira teórica elaborada por Maria Fernanda e Candiev, o segmento logístico também é visto com bons olhos pela analista da XP em tempos de maior turbulência.

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“A menor volatilidade é justificada pelo tempo curto de construção dos galpões, reduzindo o risco de execução e fortes oscilações nos preços”, lembra Maria Fernanda. “Por isso, a renda trazida por esses ativos apresenta estabilidade e um menor risco no curto prazo”, detalha.

Adicionalmente, o segmento logístico ainda apresenta uma perspectiva favorável com o crescimento do e-commerce e a necessidade de espaços localizados próximos às grandes regiões metropolitanas.

Apesar do desempenho positivo em dezembro, outras categorias de fundos imobiliários de “tijolo” ainda são vistas com cuidado pelos analistas, especialmente nos segmentos de shoppings e de lajes corporativas.

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Em relação aos escritórios, Maria Fernanda afirma que as incertezas relacionadas ao futuro da pandemia podem pressionar as cotações, inclusive as dos fundos com imóveis de qualidade e bem localizados.

A preocupação é a mesma para os fundos imobiliários de shoppings, bastante impactados pelas medidas de restrição impostas pela pandemia do Covid-19 nos últimos anos.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.