Vendas no Tesouro Direto voltam a superar resgates pelo 2º mês consecutivo em maio

Com 42,5% das vendas, título público atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi o preferido dos investidores no último mês

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Em uma sequência de dois meses positivos, após quatro no vermelho, o Tesouro Direto voltou a registrar vendas maiores que os resgates em maio, com uma captação líquida de R$ 597,2 milhões. O resultado se deve a vendas de títulos pelo programa da ordem de R$ 2,12 bilhões, contra saídas de R$ 1,53 bilhão, entre recompras e vencimentos.

Mesmo com o resultado positivo no último mês, o programa ainda acumula resgate líquido de R$ 289,4 milhões em 2021.

Em meio à pressão inflacionária, que tem corroído o retorno das aplicações mais conservadoras, o título mais demandado pelos investidores em maio foi o papel atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que representou 42,5% das vendas no Tesouro Direto.

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Na sequência, vieram os papéis indexados à taxa Selic, com 36,3% das vendas, enquanto os prefixados tiveram participação de 21,2%.

Com relação ao prazo de emissão dos títulos, a preferência dos investidores recaiu sobre os a papéis com vencimentos intermediários, com prazo de cinco a dez anos, que responderam por 47,1% das vendas. Os títulos públicos mais curtos (com prazo entre um e cinco anos) aparecem em seguida, com fatia de 36,6%. Já aqueles mais longos, acima de dez anos, ficaram com 16,2% das vendas do mês.

Estoque e investidores

De acordo com os dados do Tesouro Direto, foram realizadas 374,6 mil operações em maio, praticamente em linha em relação ao registrado em abril, mas um leve aumento de 0,52% na base anual. No período, o valor médio por operação foi de R$ 5.667,35, levemente abaixo dos R$ 5.808,28 registrados anteriormente.

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Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 65,01 bilhões, crescimento de 1,7% em relação a abril, e de 6,3% ante maio de 2020.

Os títulos indexados aos índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, com 54,4% do total. Na sequência, estão os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 25,3%, e, por fim, os papéis prefixados, com 20,3%.

No que tange ao número de investidores ativos, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, o total voltou a crescer e chegou a 1.524.634 em maio, um aumento de 19,5% nos últimos 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 20,9 mil novos investidores ativos.

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