Vale a pena investir em debêntures incentivadas em março? Veja cinco opções consideradas atrativas

Carteira de debêntures incentivadas sugerida pela Ativa foca em papéis dos setores de energia, rodovias e saneamento

Neide Martingo

(Getty Images)

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A renda fixa continua entre as preferências dos investidores, em razão da rentabilidade oferecida. Uma das opções no segmento, diante do cenário em que se espera uma Selic mantida ainda por algum tempo em 13,75% ao ano, são as debêntures incentivadas.

Esses ativos financiam empresas e projetos do setor de infraestrutura e, por isso, são incentivadas pelo governo com a isenção de Imposto de Renda. Ao investir em uma debênture, o investidor empresta dinheiro para empresas em troca de uma remuneração.

As emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura atingiram R$ 40 bilhões em 2022, de acordo com a Secretaria de Reformas Econômicas (SRE) do Ministério da Fazenda. Só em dezembro, foram R$ 4,8 bilhões, resultado da distribuição de sete debêntures nos setores de energia, transporte e saneamento. Em 2021, o número bateu recorde, chegando a R$ 47,2 bilhões. 

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De acordo com a corretora Ativa, a opção continua atrativa. Uma carteira sugerida pela corretora têm cinco debêntures incentivadas com boa liquidez, de emissores com bom perfil de crédito e taxas de rentabilidade atrativas. O valor mínimo de investimento é de R$ 10 mil.

Os segmentos são diversificados: os setores de energia, rodovias e saneamento “são regulados e consistentes, trazendo uma maior previsibilidade de receitas e margens e fluxos de caixa mais resilientes. Até mesmo o setor de telecomunicações, menos regulado, apresenta uma demanda e geração de caixa mais previsível”, registra Bruno Brostoline, analista da Ativa, no relatório.

Para março, as debêntures incentivadas da Petro Rio (PEJA1) e da Eneva (ENEV19) ficaram, cada uma, com 25% da alocação sugerida na carteira. Já a Brisanet (BRST11) ficou com 20% do total. Os papéis de Holding do Araguaia (HARG11) e Itapoá (ITPO14) estão com 15% cada uma.

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Os papéis sugeridos possuem vencimento entre 2028 e 2036 e apresentam boa qualidade de crédito, com classificação de risco (rating) de pelo menos A+.

Rentabilidade

O objetivo da carteira é oferecer um retorno acima do índice IMA-B, que é um sub-índice do IMA – Índice de Mercado ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que representa a evolução, a preços de mercado, de uma carteira teórica semelhante à composta pela dívida pública interna brasileira.

Para retratar a variedade de títulos existentes, o IMA é subdividido em quatro sub-índices, entre eles o IMA-B. De acordo com a Ativa, o investidor vai receber da Brisanet (BRST11), por exemplo, uma rentabilidade de 5,77% referente a cada debênture que possuir na carteira.

Neide Martingo

Jornalista especializada em Economia, Finanças e Negócios, trabalhou em veículos como Valor Investe, Diário do Comércio e Gazeta Mercantil e escreve sobre Renda Fixa no InfoMoney