Trump ou Kamala? Gestores analisam impacto para bolsa e dólar com eleição nos EUA

Alfredo Menezes, da Armor Capital, e Fabio Okumura, da Gauss Capital, no entanto, não preveem mudanças drásticas com o republicano no governo

Augusto Diniz

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A eleição americana se aproxima. No dia 5 de novembro, Kamala Harris, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano, disputaram quem ocupará a Casa Branca. O mercado aposta na vitória do ex-presidente.

Tanto para Alfredo Menezes, fundador e CEO da Armor Capital, quanto para Fabio Okumura, sócio-fundador e CIO da Gauss Capital, Donald Trump deve sair vitorioso do pleito. Os dois participaram do episódio 261 do programa Stock Pickers , apresentado por Lucas Collazo e Henrique Esteter.

Trump ou Kamala

“Acho que, se der Trump, é bom para a bolsa, sim”, afirma Alfredo Menezes, que crê na eleição do republicano. Ele não sabe precisar qual será o comportamento dos juros, mas avalia que, num primeiro momento, pode haver um movimento ruim caso Trump vença.

O recebimento maior seria com os possíveis aumentos de tarifas de importação. O ex-presidente tem reiterado que adotará novas tarifas para os produtos provenientes do exterior, mudando de proteção para a indústria americana.

“Tenho medo de como ele agirá em relação à China. Acho que ele é louco, mas não é burro. Ele vai bater no México, mas não vai tarifar os mexicanos; com a China, eu tenho dúvidas”, diz.

Em outra vertente, considera-se provável a redução de impostos nos Estados Unidos com a eleição de Trump. “Mas isso traz juros”, ressalta. Ele acredita, por outro lado, que o dólar se fortalecerá com o republicano na Casa Branca.

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“Estou com o consenso de que Trump é bom para a bolsa e ruim para os títulos . E Kamala é boa para os títulos e ruim para a bolsa”, afirma Fabio Okumura.

“A primeira coisa que ele (Trump) vai fazer é cortar impostos, e a bolsa adora isso. Definitivamente, Trump é melhor para a bolsa”, destaca.

Para o gestor, a bolsa pode até subir fortemente no primeiro momento, caso o republicano retorne à presidência, mas ele estima uma volta à dinâmica normal do mercado após a euforia inicial com a eleição de Trump.

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